45% são contrários ao imposto sobre lucro e dividendos, aponta EXAME/IDEIA

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou ao Congresso Nacional, há duas semanas, a segunda parte da reforma tributária. O texto propõe taxar em 20% os lucros e dividendos que as empresas pagam aos acionistas. Atualmente, essa cobrança é inexistente. Quase metade dos brasileiros, 45%, são contrários à proposição. Apenas 14% concordam com a proposta, e 41% nem concordam nem discordam.

Os números são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. O levantamento ouviu 1.248 pessoas entre os dias 28 de junho e 1° de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

EXAME IDEIA Impostos

 (Arte/Exame)

Quanto mais alta a classe econômica, maior é a rejeição à proposta de cobrar imposto sobre lucros e dividendos. Nas classes A e B a discordância chega a 51%. Para as pessoas que ganham mais de cinco salários, esse número cresce para 52%. Na parcela com curso superior, 53% são contrários a criar a nova cobrança.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, explica que as classes econômicas mais altas vão sentir a maior parte do impacto caso a proposta passe pelo Congresso. Apesar disso, o sentimento contrário não se concentra apenas entre os mais ricos.

“Não existe apoio a cobrar impostos sobre lucros e dividendos da pessoa física. As classes A e B e a faixa de maior escolaridade são massivamente contra essa medida. Já para outros segmentos não é tão relevante, mas de qualquer maneira existe uma massa crítica da população que discorda dessa medida”, afirma.



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