Cinco desafios que o chefe do Fed pode enfrentar nos próximos quatro anos

A iminente decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre se vai reconduzir o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, após o término de seu mandato em fevereiro ou passar as rédeas para outra pessoa, chegará em um momento crítico para o banco central dos Estados Unidos.

Os democratas progressistas querem que o Fed assuma um papel mais abrangente na economia, intensificando os esforços para impulsionar o emprego, evitando riscos climáticos e enfrentando a desigualdade. Os conservadores querem que ele se atenha à política monetária, prestando mais atenção na contenção da inflação e reduzindo sua pegada nos mercados financeiros e na frente de supervisão.

Seja qual for a escolha do presidente democrata, o próximo chefe do Fed precisará resolver as principais questões sobre política monetária e a natureza do dinheiro.

Aqui estão alguns dos maiores desafios dos próximos quatro anos:

ACERTAR A POLÍTICA MONETÁRIA

Depois do baque do coronavírus, o Fed reduziu sua taxa de juros de referência para quase zero e comprou trilhões de dólares em títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas.

Com a economia se recuperando rapidamente, as autoridades do Fed provavelmente começarão a desacelerar as compras de ativos ainda este ano.

Mas, sob uma nova estrutura de política monetária adotada em agosto passado, eles planejam esperar para aumentar os juros até que a economia alcance o pleno emprego, e a inflação esteja em 2% e a caminho de ultrapassar moderadamente esse nível.

É uma promessa que um novo chefe do Fed pode ter dificuldade em cumprir. A maioria dos formuladores de política monetária do Fed acredita que o atual surto de inflação acima de 2% é temporário. Mas se os aumentos de preços se mostrarem mais persistentes, quem quer que chefie o banco central pode acabar supervisionando um aumento nas taxas antes que todos os aspirantes a trabalhadores consigam um emprego.

Em agosto, havia 5,3 milhões de norte-americanos a menos empregados do que antes da pandemia.

“Há muitas coisas que serão diferentes daqui para frente que são aspectos estruturais implícitos da economia aos quais acho que teremos que prestar muita atenção para ter certeza de que estamos apropriadamente calibrando nossa política para a economia”, disse a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, em uma entrevista em agosto.



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