Por que empresas como J&J, Toshiba e GE querem desmembrar seu império?

Em outras épocas, o mundo corporativo até podia acreditar na máxima do quanto maior, melhor. Mas isso vem mudando. Empresas que construíram verdadeiros impérios globais sentem a pressão para simplificar seus negócios na expectativa de aguçar seu foco, otimizar processos e agradar os acionistas. Só esta semana, três delas anunciaram planos para se dividir.

Na terça-feira, a General Eletric (GE) informou que iria fatiar a empresa em três para melhorar a gestão. Hoje, foi a vez da Johnson & Johnson e a Toshiba revelarem que pretendem seguir o mesmo caminho.

Cada empresa possui suas particularidades para justificar a decisão. Mas em comum, todas elas são companhias centenárias, oriundas de um tempo do capitalismo em que construir grandes impérios globais, com atuação nas mais diversas áreas, era sinônimo de sucesso e crescimento.

Agora, a tentativa de se fragmentar em várias unidades para otimizar esforços parece mais interessante a fim de enfrentar um contexto de mercado com forte concorrência e busca por inovação.

Mudança de paradigma

A Johnson & Johnson divulgou que vai se dividir em duas empresas de capital aberto. A empresa de 135 anos, que emprega mais de 136 mil pessoas, planeja separar sua divisão de produtos de consumo em um negócio à parte.

Isso deixaria a companhia com sua divisão de produtos farmacêuticos e médicos, que inclui a fabricação de vacinas contra o coronavírus e apresenta vendas de crescimento mais rápido e margens mais altas.

Mesmo com operações autônomas, as empresas continuarão enormes. A divisão médica deve registrar uma receita de US $ 77 bilhões este ano. E as operações de consumo – cujas raízes remontam à fundação da empresa em 1886 como fabricante de curativos cirúrgicos – devem gerar US $ 15 bilhões em vendas.

A Johnson & Johnson disse que planeja concluir a separação, que deve ser isenta de impostos para seus acionistas, em 18 a 24 meses.

E a empresa vem enfrentando problemas. Entre eles, estão milhares de processos legais de que seus produtos à base de talco podem ter causado câncer.

A Johnson & Johnson descontinuou as vendas de talco para bebês na América do Norte no ano passado, embora tenha afirmado que o produto é seguro. Em outubro, uma divisão que a empresa havia criado para administrar essas ações entrou com pedido de recuperação judicial.



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