A disputa da vacina: SP diz que se governo atrasar, vai direto no Butantan

O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse nesta sexta-feira, 8, que se o Ministério da Saúde atrasar o início da vacinação contra a covid-19, deverá manter o cronograma estadual, que prevê imunizar os paulistas a partir do dia 25 de janeiro.

Para isso, o governo de São Paulo deverá utilizar parte das 46 milhões de doses da vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a Sinovac, informou Gorinchteyn, embora um contrato assinado nesta quinta-feira, dia 7, entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde defina, a princípio, que todas as doses da Coronavac sejam utilizadas no Programa Nacional de Imunização.

Procurado por EXAME, o Ministério da Saúde respondeu por meio de nota: “O Ministério da Saúde reforça que todos os estados brasileiros serão tratados de forma igualitária e proporcional e o início da vacinação ocorrerá após a autorização temporária de uso emergencial ou do registro de vacinas concedidos pela Anvisa. As vacinas serão enviadas aos estados, que serão encarregados de distribuir aos municípios”, diz o texto.

“Nós não podemos aguardar. Nós temos as 46 milhões de doses, que até abril serão ofertadas para o Programa Nacional de Imunização. Mas caso haja atraso, nós estamos mantendo o dia 25 de janeiro para aqueles grupos específicos, como profissionais de saúde e idosos”, disse Gorinchteyn em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta sexta-feira.

Gorinchteyn ainda fez uma comparação com a vacinação contra a gripe, em que o Ministério da Saúde adquire as vacinas junto ao Butantan, e, segundo ele, alguns estados podem optar por elaborar um cronograma de imunização de acordo com a identificação de necessidades locais.

“Assim é feito com a vacinação da gripe. Segue todos os ritos do Programa Nacional de Imunização. São Paulo, por diversas vezes, antecipou o calendário exatamente entendendo que a circulação do vírus ameaçava a sua população. O Amazonas já fez isso. E isso não será diferente em relação ao coronavírus, seguindo todo o ritual e normas estabelecidos pelo Programa Nacional de Imunização”, afirmou.

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