A fabricante de genéricos Cimed quer ir para espaço. Mas por quê?

A Cimed, a terceira maior fabricantes de medicamentos genéricos do Brasil, vai para o espaço. A empresa separou 300 milhões de reais para investimentos em pesquisa e desenvolvimento para os próximos cinco anos, e um dos projetos mais ousados da companhia é levar a proteína do vírus Sars-Cov-2 para estudos acima da órbita da Terra. A ideia é fazer com que o desenvolvimento científico se torne uma das forças da empresa, que planeja acelerar a elaboração de medicamentos.

Isso porque, segundo João Adibe, presidente da Cimed, as ações gravitacionais ajudam a diminuir o tempo do desenvolvimento dos remédios. No caso do vírus da covid-19, o objetivo é revelar a estrutura anatômica dele para desenvolver drogas que ajudem a reduzir a replicação do vírus. Isso acontece por meio da cristalização de proteínas no espaço, algo que já é feito há mais de duas décadas pela indústria. No fim das contas, com projetos como esse, a Cimed quer ser vista como uma empresa não só de medicamentos, mas de saúde e de tecnologia.

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“Nosso olhar de longo prazo é nos transformar em uma healthtech e mostrar onde a indústria brasileira pode chegar”, afirma Adibe.

Para realizar essas pesquisas, a empresa fez uma parceria com a companhia de logística Airvantis, que vai ser a responsável por levar os materiais para o espaço, assim como o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que é uma organização social ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações para viabilizar o projeto, que foi nomeado de Cimed X.

De acordo com Adibe, esse tipo de iniciativa ajudará a empresa a criar mais produtos com o foco na longevidade. A empresa parte da premissa, vista em todo o setor, que o envelhecimento da população demandará mais medicamentos e vitaminas para essas pessoas.

Por isso, a companhia está próxima de inaugurar uma fábrica de 300 milhões de reais na região de Pouso Alegre, em Minas Gerais. Desta maneira, a fabricante conseguirá ampliar sua capacidade produtiva de 28 milhões para 40 milhões de comprimidos por mês. No futuro, a ideia é alcançar os 60 milhões.



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