A queda da bolsa atinge todos, a retomada é seletiva, diz Affonso Ferreira

Após a queda de quase 30% do principal índice da bolsa brasileira no primeiro trimestre, as ações de grandes empresas estão sendo negociadas a preços mais baixos. A dúvida é o que comprar. Para o investidor Guilherme Affonso Ferreira, a recomendação para o pequeno investidor é “não inventar”. “[Papéis de] Itaú e Lojas Renner estão sendo negociados com desconto. Isso não quer dizer que não vão cair mais, mas daqui a três anos o investidor vai perceber que valeu a pena ter comprado”, diz ele em transmissão pela internet promovida pelo BTG Pactual (controlador da EXAME).

O investidor Roberto Lombardi concorda. “Não é necessário procurar barganha.” Ele lembra que, na última grande crise, comprou ações da Prumo (na época, LLX) que tinham caído 90%. “No momento da virada, quando ia receber os ganhos, o fundo de private equity que comprou a LLX fez uma oferta pública de aquisição [ações]. Aprendi que é importante ver quem está por trás dos papéis”, afirma.

Os dois investidores, portanto, estão otimistas com a retomada de algumas boas ações e recomendam que os investidores novatos não desistam da bolsa, apesar das perdas deste ano. A B3 tem hoje 2,24 milhões de investidores pessoas físicas, patamar mais alto da história.

“Toda crise tem fim, a retomada pode não ser tão rápida, mas vai acontecer. A questão é que a queda é para todos e a retomada é seletiva. Vai acontecer em momentos diferentes para os investidores e pode nem acontecer para alguns”, diz Affonso Ferreira.

Por isso, a importância da seletividade. Lombardi afirma que aumentou exposição a commodities – Vale e Usiminas -, shopping, varejo e infraestrutura, “que antes não tinham preços convidativos para entrar”, além da própria B3.

Já Affonso Ferreira diz que analisa as ações pelo que vê no dia a dia. “As redes de farmácias e os supermercados estão cheios de gente”, comenta. Outro setor que está interessante – mas é menos óbvio – é o de bancos. “As fintechs que assustavam os bancos – como o que aconteceu com a adquirência – devem parar por um tempo. Além disso, há uma retomada da corrida das empresas por crédito, o que deve dar bons retornos aos bancos”, diz Ferreira.


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