A única coisa que pode salvar o metrô: passageiros

Enquanto o coronavírus tomava conta da cidade de Nova York no início do ano passado, a metroviária Adrienne Crespo via a multidão nas plataformas lentamente diminuir. Uma tarde, parou na estação West Fourth Street-Washington Square – tipicamente uma das mais movimentadas de sua linha – e viu apenas duas pessoas embarcarem. “Quando não vi ninguém na hora do rush, compreendi. Foi realmente assustador. Pensei: ‘Uau, isso é ruim. Isso é muito, muito ruim”, disse Crespo, de 49 anos.

Há um ano, a covid-19 afastou quase todos os passageiros do metrô, espalhou-se por milhares de trabalhadores do setor em Nova York e mergulhou a maior agência de transporte público da América do Norte em sua pior emergência financeira de todos os tempos.

Hoje, o número de passageiros voltou a subir para cerca de um terço de seus níveis habituais, de uma baixa recorde de sete por cento do fim de março ao fim de junho passados. Uma ajuda federal de bilhões de dólares manteve à tona a Autoridade Metropolitana de Transporte (MTA, na sigla em inglês). E a agência, que opera o metrô, os ônibus e duas linhas ferroviárias, recebeu outros US$ 6 bilhões do plano de resgate do presidente Joe Biden.

Mas a sobrevivência em longo prazo da MTA depende do retorno dos passageiros e de suas tarifas, que compõem sua maior fonte de financiamento. Quase 40 por cento da receita operacional da agência vêm das passagens, porcentagem maior que a de quase qualquer outro grande sistema de trânsito dos EUA.

Agora, à medida que a campanha de vacinação em massa da cidade atinge mais pessoas e a vida urbana se recupera lentamente, autoridades do transporte público enfrentam uma realidade preocupante: um consenso crescente de que o número de passageiros pode não voltar inteiramente a seus níveis pré-pandemia, e que a agência terá de remodelar e reduzir o serviço para refletir os novos padrões de deslocamento.

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