“A varanda é especialmente relevante para a classe média”, diz CEO da MPD

Mais luz solar, varandas e integração entre os ambientes são hoje o padrão no mercado imobiliário de grandes cidades como São Paulo. Os novos projetos, porém, têm o desafio de conciliar essas demandas com espaços pensados para o home office

De acordo com Milton Meyer, CEO da incorporadora e construtora MPD Engenharia, que vendeu 483 milhões de reais em imóveis no ano de 2020, apesar da pandemia, o próximo empreendimento da empresa, na região da Liberdade, no centro expandido de São Paulo, já colocou engenheiros e arquitetos para pensar em como colocar o escritório dentro de casa.

A MPD tem 38 anos e pretende lançar cinco empreendimentos no anos de 2021, somando um valor de R$ 940 milhões.

Em entrevista à EXAME, o executivo, que é um dos dois sócios da empresa, comenta também sobre o cenário do mercado imobiliário em São Paulo, sobre os desafios e sobre tendências urbanísticas e de arquitetura.

Como podemos traçar o perfil dos lançamentos do mercado imobiliário nos últimos 30 anos?

A grande mudança que houve foi a percepção de que as pessoas gostam de viver socializando. Há 30 anos, os quartos eram muito maiores e as áreas de permanência eram menores. Você não tinha, no passado, salvo apartamentos de altíssimo padrão, as varandas. Por mais que as pessoas gostem de morar em apartamentos, elas gostam de se sentir mais livres. 

O fato dessa percepção sobre as pessoas gostarem de conviver fizeram com que os espaços da sala e terraços fossem integrados.

Depois dos anos 2000, você tem os apartamentos se abrindo um pouco mais e agora você tem um perfil de apartamentos que tudo tem que ser integrado e eventualmente ter um espaço para a pessoa fazer um churrasco, por exemplo.  

A varanda ficou totalmente relevante, principalmente para a classe média, porque ela pode ser incorporada na área do apartamento. Antes isso não existia.

E agora, o que muda? O que a pandemia traz de novo para a arquitetura?

Com a pandemia, vai ter uma mudança do ponto de vista de inserir as mudanças do home office nos apartamentos. E não é inserir do lado de fora, nos espaços dos condomínios, com áreas de coworking.

Nós estamos olhando um produto, por exemplo, na Liberdade, em SP, que estamos separando um espaço para funcionar como escritório. Não será um espaço totalmente fechado dentro do apartamento, mas algo em que você tenha mais privacidade. 

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