A vencedora da guerra das maquininhas é a Stone, diz BTG

A novata deve ver seu volume transacionado de pagamentos saltar 54% para 33,6 bilhões de reais e, com isso, atingirá 8,9% de participação de mercado

São Paulo – Na guerra das maquininhas, as maiores credenciadoras de cartões de crédito aparecem entre mortos e feridos. A Cielo e a Rede, do Itaú Unibanco, perderam fatia de mercado no terceiro trimestre, no ápice das disputas de preço. Quem sai vitoriosa do campo de batalhas é a novata Stone, que deve ver seu volume transacionado de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) saltar 54% para 33,6 bilhões de reais. Se isso se confirmar – o balanço será divulgado no dia 21 de novembro -, a companhia listada na Nasdaq vai atingir 8,9% de participação de mercado, maior patamar já obtido pela empresa comandada por André Street.

Os dados são de um relatório do BTG Pactual, assinado por Eduardo Rosman, Thomas Peredo e Thiago Kapulskis, que analisaram resultados e projeções das três companhias, além da GetNet, que pertence ao banco Santander.

O volume total transacionado pela Cielo, no terceiro trimestre, foi de 172 bilhões de reais, o que representa um avanço de 11,6% na comparação com o mesmo período de 2018. Foi o suficiente para mantê-la na liderança do setor, com 45,7% do mercado. Em termos de participação, no entanto, significa um retrocesso frente ao segundo trimestre de 2019 e ao terceiro trimestre de 2018, quando a companhia detinha uma fatia de 46,3%.

Por sua vez, a Rede e a GetNet tiveram o mesmo avanço no TPV, de 8,8%. Com isso, a credenciadora do Itaú atingiu um volume transacionado de 119 bilhões de reais e uma participação de mercado de 31,6%, ante uma fatia de 32,1% no segundo trimestre. Já o avanço do TPV da GetNet levou a companhia a um patamar de 52 bilhões de reais e a uma participação de mercado de 13,8% – percentual maior do que o do segundo trimestre (13,2%) e menor do que o do primeiro (13,9%).

Em teoria, é mais fácil crescer quando se é pequeno. Mas conquistar fatia de mercado das gigantes não é tarefa fácil. Por isso, a Stone é a única, dentre as quatro companhias, que tem recomendação de compra do BTG. “A Stone é a nossa favorita (stock pick) no segmento de pagamentos”, escrevem os analistas.

O presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, disse na semana passada, durante a apresentação de resultados, que a concorrência continuará acirrada, mas que o ápice da guerra de preços já tinha ficado para trás. Candido Bracher, presidente da Rede, disse nesta terça-feira (5) que a disputa está acirrada principalmente nas contas de grandes empresas e que por isso mesmo decidiu não participar. “Não temos entrado nesse jogo. Estamos contentes com a estratégia que desenhamos (de focar nas PMEs) que nos garante margens maiores”, afirmou a jornalistas.

 

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