A visão de Esteves sobre bolsa, renda fixa, alavancagem e até criptos

Serenidade. Essa é a recomendação de André Esteves, sócio sênior do BTG Pactual (BPAC11), neste momento de ansiedade e alta volatilidade dos mercados.

“Não ache que o mundo vai acabar e também não ache que qualquer queda é oportunidade, porque pode ser a ponta do iceberg. Não mexa demais no portfólio e evite alavancagem. Cabeça no lugar”, disse Esteves a Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, no painel da abertura do BTG Invest Talks na noite de segunda-feira, 4 de outubro.

Em pouco mais de 50 minutos de conversa, Esteves e Sallouti discorreram do início de carreira no mercado financeiro até questões que ganharam ainda mais relevância em tempos de pandemia, como filantropia e responsabilidade social.

Foi o momento em que falaram do Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança), projeto na área de educação que lançaram para preparar profissionais capazes de liderar as transformações de que o país precisa nesta e nas próximas gerações.

E falaram também sobre o investimento em e , dólar, alavancagem e até criptoativos. Esteves, um dos bilionários brasileiros pelo patrimônio que construiu à frente do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), contou ainda os valores que, em sua avalição, são fundamentais para qualquer investidor, experiente ou novato.

“É importante ter a humildade de saber o que você não sabe. Quando você lida com investimentos, não queira saber tudo, porque você nunca vai saber. A gente aqui no banco busca aprender sobre uma porção de coisas”, disse Esteves.

“Erramos um terço das nossas apostas e acertamos dois terços. Isso significa que erramos muito. Temos que ter a disciplina de cortar rápido o seu erro e entender que estamos deixando de ver alguma coisa.”

Veja a seguir os principais trechos do painel de abertura do BTG Invest Talks — que continua hoje a partir das 19h — editados por tópicos para facilitar a compreensão:

Começo no mercado financeiro

“Meu sonho grande era muito simples, era arrumar um emprego que simplesmente me sustentasse, em que me sentisse útil e aprendesse. Sempre tive uma visão positiva do mercado financeiro, que reunia todas as informações da sociedade. Essa ideia me seduzia de certo modo”, contou Esteves sobre seu início de carreira.

“Entrei como analista de sistemas em 1989. Fiquei seduzido de ver pessoas jovens com boa formação, falando coisas que faziam sentido, em um ambiente meritocrático: eu iria crescer pelo meu talento e pela minha produção. Por aquilo que eu conseguisse realizar pela companhia É o que praticamos até hoje e ensinamos para quem entra aqui.”

Quem quer aprender a

“Não tem segredo: é estudar muito. Isso vale para que não teve uma formação específica na área ou mesmo para aqueles que tiveram: aqui a gente nunca para de estudar. Estudamos lendo jornal, livros, falando com pessoas mais ou tão informadas como você. Sempre fui um curioso e tive vontade de aprender sobre tudo”, afirmou o sócio sênior do BTG Pactual.

“Na primeira vez em que li o Financial Times e o The Wall Street Journal, pensei: ‘Vou ser o cara mais sabido do mundo se ler esses jornais todo dia’. Porque havia informação sobre tudo, sobre o mundo inteiro. Era uma Disneylândia intelectual.”

Esteves falou ainda de valores que, em sua avaliação, são fundamentais para quem investe.

“É importante ter a humildade de saber o que você não sabe. Quando você lida com investimentos, não queira saber tudo, porque você nunca vai saber. A gente aqui no banco busca aprender sobre uma porção de coisas. Eu e o Roberto [Sallouti] estávamos descendo para cá [para o painel] e estávamos falando de criptocurrencies. É importante ser curioso, ser intelectualmente humilde e dedicado, porque você só vai aprender fazendo o dever de casa.”

O valor da disciplina

“Erramos um terço das nossas apostas e acertamos dois terços. Isso significa que erramos muito. Temos que ser a disciplina de cortar rápido o seu erro e entender que está deixando de ver alguma coisa.”

“Eu costumo dizer que eu chego ao banco toda segunda-feira sabendo que vou fazer alguma bobagem na semana. Espero que seja de curta duração e pouca consequência. Porque só erra quem faz e a gente toma decisões o tempo inteiro. O importante é quando acertar, deixar as consequência fluírem. E quando errar, cortar rápido.”

“É o clássico ‘stop loss’. Não importa o quanto você esteja convencido. Quantas vezes não zeramos aqui posições das quais estávamos absolutamente convencidos de que estávamos certos. Nada é mais certo do que o movimento de do mercado. E mesmo que o mercado esteja errado, ele pode ficar errado por mais tempo que o seu bolso aguenta.”

Segundo Esteves, a característica da disciplina é algo presente nos grandes investidores do mercado.

“Mesmo os bons profissionais erram, mas eles têm a disciplina e a humildade de reconhecer rápido o erro e realocar as posição. Temos algumas regrinhas de bolso: quando achamos que não está funcionando, colocamos a viola no saco e saímos da posição. E quando estamos com posição perdedora não gostamos de ampliar a aposta.”

Cenário global com incertezas

Sallouti perguntou a Esteves sobre o cenário econômico global com muitas incertezas, citando “uma de energia global, sinais preocupantes do setor imobiliário na China e a possibilidade de alta nas taxas de juros internacionais”.

“O que você acha que as pessoas devem acompanhar e com o que devem se preocupar?, perguntou Sallouti a Esteves.

“É um tema de muita relevância [o cenário global]. Neste momento, nós aqui [no banco] estamos falando mais sobre cenário externo do que do local, mesmo com todos os desafios e as incertezas do Brasil”, afirmou o sócio sênior do BTG Pactual. Esteves explicou essa preocupação em três pontos, começando pela política monetária global.

“Acho que os bancos centrais, falando do Fed e do ECB [Banco Central Europeu], estão exagerando na dose de estímulos monetários.”

“Com a economia americana crescendo perto de 5%,com pressões inflacionárias importantes, estamos perdendo o timing de normalizar a política monetária. Primeiro, por meio do tapering, que é o final da compra de ativos que o banco central está fazendo, e depois pela normalização das taxas de juros, que estão a zero nos Estados Unidos e na Europa.”

“Sempre que o custo de capital sobe nas economias centrais, a periferia sente. E quanto mais se demora a normalização, mais amplo é o tamanho do movimento para correção, com maior adversidade para países como o Brasil.”

Crise na China e no setor de energia

Esteves comentou sobre a crise da Evergrande [gigante chinesa do setor imobiliário], que, em sua visão, pode levar a uma mudança no modelo chinês, que é muito ligado ao crescimento imobiliário.

“Temos um sinal amarelo: a Evergrande não vai passar por uma explosão que vai tirar a situação do controle. O phasing out [a saída da crise] vai ser controlado, mas não sabemos as consequências para o crescimento da China.”

O terceiro tema comentado por Esteves foi a “crise global de energia”.

“Falta carvão na China, na Índia e em partes da Europa, os preços do gás natural, do carvão e do petróleo subiram bastante. Isso tem a ver com disrupções em cadeias produtivas ao longo da pandemia e tem a ver também com consequência climáticas. Vemos secas históricas em uma combinação de regiões no mundo que preocupa.”

“Tem alguma coisa acontecendo no clima que, pela primeira vez, estamos sentindo de maneira mais síncrona e global.”

“Esses três fatores estão trazendo uma aversão ao risco. Tivemos hoje [segunda] uma correção importante no Brasil e em moedas de países emergentes. Hoje esse efeito de energia é o que está mais preocupando o mercado”, afirmou Esteves.

de tecnologia

Esteves apontou que houve o momento em que o custo de capital foi a zero e que isso, aliado à inovação tecnológica, estimulou muitos sonhos de novos negócios. Mas fez a ponderação de que o quadro está mudando.

“Na hora em que se tem mais rigor com o risco e com o custo de capital, acho que os sonhos voltam para a realidade. Não existe dúvida sobre o tamanho da revolução tecnológica, sobre os benefícios inclusive de produtividade e as novas empresas de tecnologia que estão surgindo, seja do ponto de vista global ou no Brasil.”

“Não acho que as empresas que tenham e que tenham métricas históricas de valuation estejam muito caras. Quando olhamos as bolsas americanas ex-tecnologia [sem as ações do setor], não vejo nada que chame muito a atenção. Pode corrigir 20%? Pode. Mas nada que chame demais a atenção.”

Segundo Esteves, no caso das empresas de tecnologia, há uma correção que começou na China, passa um pouco por emergentes, mas que mal começou nos Estados Unidos.

“Talvez esse movimento traga um pouco mais de racionalidade, talvez as empresas tenham que apresentar um business plan mostrando que a rentabilidade apareça logo aí”, disse Sallouti sobre o novo cenário para o setor de tecnologia e as startups. Ele apontou que isso pode levar a um ambiente mais saudável para as empresas se desenvolverem.

Fundamentos de Brasil

Sallouti perguntou sobre a situação fiscal do país e dos fundamentos de forma mais ampla.

“Estamos vendo uma excessiva politização com a aproximação da eleição e visões extremadas. Isso está turvando demais a visão sobre os fundamentos. A boa notícia, para começar, é que somos donos do nosso futuro. Não acreditamos na vitimização da sociedade. Seremos aquilo que queremos ser. Temos uma democracia consolidada, um tecido privado corporativo excepcional e um mercado de capitais vibrante: nosso futuro depende da gente”, disse Esteves.

A exemplo de eventos recentes, o sócio sênior do BTG Pactual voltou a apontar avanços obtidos desde o último governo, como as reformas trabalhista e da Previdência, a Lei do Saneamento, a nova Lei do Gás, as privatizações aprovadas embora ainda não executadas, como a da Eletrobras [ELET3, ELET6], e o Banco Central independente, entre outros.

“Sempre fazemos menos do que gostaríamos, mas estamos melhorando bastante o framework de negócios.”

Citou ainda que o resultado primário fiscal deve encerrar 2022 melhor do que há quatro anos.

Esteves destacou também avanços do setor privado, com um número maior de companhias abrindo o capital e melhorando a sua governança, além do empreendedorismo das novas gerações.

“É um movimento muito mais perene e legítimo do que as disputas políticas da vez”, afirmou.

Como investir neste momento

Esteves começou falando desse tópico pontuando que “a é uma necessidade e uma obrigação”.

“Estamos em um mundo de taxas de juros mais altas, a 6,25% ao ano, que deve subir mais 100 pontos-base na próxima reunião do Copom e que deve ficar depois entre 9% e 10%. Uma parte do portfólio deve estar atrelada a esses juros. É uma oportunidade importante […] e um caminho natural é deslocar uma parte da poupança para a renda fixa.”

Questionado pelo CEO do BTG Pactual sobre a conveniência de escolher investimentos de renda fixa isentos de Imposto de Renda com prazo de três a cinco anos, Esteves disse gostar dessa alternativa, mas ressaltou a necessidade de adequá-la às necessidades de cada pessoa. “Se você vai precisar de dinheiro daqui a um ano, não vai comprar esses ativos.”

Segundo ele, produtos isentos, como , , indexados ao ou à inflação, podem representar proteção e um bom rendimento se estiverem na parte da carteira que permita a alocação em ativos de prazo mais longo.

Por outro lado, Esteves ponderou que, com o na casa de 110.000 pontos, as principais blue chips, como Vale (VALE3), Petrobras (PETR3, PETR4), bancos e Ambev (ABEV3), já caíram bastante. “Acho saudável ter uma parte do portfólio com uma carteira de ações. Não é preciso zerar as posições em bolsa mesmo com a alta dos juros.”

“Educação financeira é isso: ter uma carteira de ações, produtos atrelados aos juros, uma liquidez overnight sempre que precisar, bonds locais com um pouco de crédito, as empresas brasileiras estão em boa forma.”

Por fim, Esteves fez o alerta que costuma dar para investidores com diferentes graus de sofisticação: “tenha sempre cuidado com alavancagem. Ou seja, muito cuidado para se endividar para comprar um ativo. É algo que, em tempo de incertezas, deve ser evitado”.

Vale comprar dólar?

Sallouti perguntou a Esteves se a compra da moeda americana é recomendada. Esteves começou a resposta contando de uma piada interna que se faz no banco.

“Sempre que perguntam para um economista do banco qual a previsão futura do dólar, como para o fim de 2022, o estranho não é a resposta, mas a pessoa responder. Porque naturalmente vai ser uma resposta errada. É muito difícil acertar o mercado de moedas.”

O sócio sênior do BTG Pactual disse que, para quem tiver despesas com alguma exposição à moeda estrangeira, como planos de viagem ou bancar os estudos do filho no exterior, pode fazer sentido ter parte da carteira em moeda forte.

“O dólar hoje a 5,40 reais parece muito desvalorizado para padrões históricos. É claro que sempre pode acontecer alguma bobagem política ou econômica e o real se desvalorizar ainda mais. Mas, com o juro indo para 9%, de novo um dos mais altos do mundo, e o risco do país não sendo dos mais altos do mundo, o dólar a 5,40 reais não parece atrativo. Eu teria um pouco de comedimento em comprar dólar nestes níveis em que está”, afirmou Esteves.

Criptoativos: é hora de entrar?

O CEO do BTG Pactual perguntou sobre o investimento em criptos e a visão de Esteves.

“Criptoativos têm causado uma sedução junto aos investidores, que ficam encantados. Há um lado que realmente é encantador, que é a tecnologia por trás disso, especialmente a de blockchain. Acho que tem a capacidade de mudar a forma como a sociedade e o mercado financeiro fazem negócios. Nós temos uma fascinação por esse lado.”

“Já o valuation é mais subjetivo e não vejo a mesma sedução. Não vejo como algo para diversificação do portfólio. Pode ser uma parte pequena do portfólio, jamais com alavancagem. Alguma coisa para acompanhar a evolução da tecnologia.”

Sallouti comentou que, no banco, fala-se em alocar 2% do portfólio em criptos, “porque a história ainda está acontecendo.”

3 tendências para quem investe em BPAC11

Sallouti comentou sobre as três tendências que beneficiam os negócios do BTG Pactual (BPAC11): transformação digital, financial deepening (a sofisticação financeira do investidor) e desintermediação financeira. E perguntou a Esteves sobre se ele enxerga mudanças em alguma dessas tendências em meio a um mundo em constante evolução.

“Não vejo mudanças. Volatilidade faz parte do jogo, diria que os acionistas estão muito felizes com o que estamos entregando. Há uma transformação perene que é expressa por esses pilares que você descreveu”, respondeu o sócio sênior do BTG Pactual.

Esteves citou a combinação de avanço da tecnologia com mudanças culturais como macro tendências que beneficiam os negócios do banco. “Entregar produtos financeiros através dos canais digitais é algo que estamos fazendo cada vez mais, com preços acessíveis.”

Ele citou o lançamento do crédito consignado digital no Banco Pan, que classificou como um “enorme sucesso” de aderência, apesar das dúvidas no começo sobre se iria funcionar junto a um público com mais idade.

Por fim, o sócio sênior do BTG Pactual comentou sobre a tendência de desintermediação financeira. “O pão com manteiga do financiamento corporativo passou a ser feito no mercado de capitais, e não mais no balanço dos bancos.”

Contou que o banco deve estruturar cerca de quarenta emissões de debt capital markets, de , até o fim do ano, algo que descreveu como uma “atividade sensacional”. “O mercado de capitais substituiu o BNDES.”

“Essa dinâmica como um todo é o grande vento de BPAC11. Como acho que somos bons de execução, acho que vamos trafegar de maneira legal.”

“A gente aqui é impaciente com lucro: queremos entregar resultado todo trimestre.”

Sallouti comentou sobre a transformação do perfil de clientes atendidos pelo banco, que historicamente foram investidores institucionais, grandes empresas e multimilionários. “A tecnologia permitiu que a gente disponibilizasse para todo mundo os produtos de investimento que antes eram restritos. É uma revolução democrática.”

Responsabilidade social

Sallouti e Esteves também destacaram na live a importância de iniciativas de longa data do banco e de ambos em prol de bandeiras que consideram relevantes para o desenvolvimento do país.

“Nosso ‘job description’ é ajudar as empresas a dar o próximo passo na sua história, seja por meio da abertura de capital ou da emissão de debêntures. É um privilégio ajudar o empresário, dando mais instrumentos a quem trabalha”, disse Esteves.

O CEO do BTG destacou mentorias com apoio e envolvimento do banco por meio de programas como o BoostLAB, o BTG Soma e a BlackRocks.

“Decidimos viver e criar nossos filhos aqui no Brasil, vivendo as importantes mazelas que nós temos. Não adianta ter só uma empresa fantástica como é o BTG. Participamos de iniciativas fantásticas de educação”, disse Esteves.

“Se a gente não entender que o desenvolvimento tem que ser sustentável, nós, como sociedade em nível global, podemos ter problemas irreversíveis. E não é só falando mas dando o exemplo e participando, como faço, por exemplo, no conselho da Conservancy International. Preservação ambiental e desenvolvimento não são antagônicos.”

Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança)

Na parte final do painel de abertura do BTG Invest Talks, Sallouti e Esteves falaram sobre o Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança), uma faculdade de ponta que estão lançando para formar profissionais que sejam capazes de liderar a revolução tecnológica no país, em carreiras que vão de engenharia de software a ciência de dados.

O objetivo: deixar um legado para o país e para as próximas gerações, como contribuição de brasileiros que alcançaram um estágio profissional e pessoal em que possuem condições de retribuir parte do que conquistaram.

“Fiquei satisfeito de ver como a sociedade reagiu à pandemia. Espero que a filantropia tenha mudado de patamar no país com a solidariedade que a pandemia exigiu. Agimos com compaixão e responsabilidade de quem tem o nosso privilégio. Muito mais do que 50 milhões de reais, doamos a nossa capacidade executiva”, disse Esteves.

Segundo ele, a gênese da Inteli tem a ver com essa visão de responsabilidade com a sociedade.

Eles explicaram que se trata de um projeto filantrópico com 40% de bolsa integral para alunos. “Olhamos para universidades americanas maravilhosas, mas um dia alguém foi lá e ajudou a criar Harvard, MIT, Stanford etc.”

“Queremos criar líderes em diferentes segmentos da sociedade. Vamos ensinar tecnologia mas também que só existe crescimento com sustentabilidade, que só existe sociedade saudável com respeito ao estado de direito e que a riqueza é criada pelo trabalho. Não é nosso projeto, é da sociedade, para ajudar o país a ir mais longe”, disse Esteves.

“E que sirva de exemplo a quem, como nós, teve o privilégio de chegar até aqui, para fazer mais e mais. Esse foi um dos motores da sociedade americana.”

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