Ação do Magalu acumula alta de 90% no ano após balanço promissor

Papéis subiram mais de 4%, com o resultado do trimestre surpreendendo até os mais otimistas

As ações do grupo varejista Magazine Luiza parecem não encontrar um limite. Os papéis mostraram forte valorização após a empresa surpreender até os mais otimistas com seus resultados do terceiro trimestre, na noite de ontem (29).

O papel sob o código MGLU3 avançava 4,11%, negociado a 42,84 reais, por volta das 10h40 desta quarta-feira (30). Com a valorização, a companhia acumulou um avanço de 90% no Ibovespa em 2019. No mês de outubro, a rede de varejo mostra uma escalada de quase 14%.

Repetindo o desempenho dos trimestres anteriores, a empresa divulgou resultados positivos nas vendas, com o comércio eletrônico dobrando de tamanho e chegando a 3,3 bilhões de reais no terceiro trimestre, alta de 96% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado.

Entre julho e setembro, o Magalu lucrou 235,1 milhões de reais. O lucro ajustado foi de 136,3 milhões de reais (12,7% maior) e é uma melhor base de comparação com 2018, pois está adaptado para obedecer a novas normas internacionais de balanços financeiros (o chamado IFRS 16), que passou a vigorar em janeiro.

Os resultados operacionais também agradaram. Em setembro, as vendas online ultrapassaram as físicas pela primeira vez. Já entre julho e setembro, o online representou pouco menos da metade, com 48% das vendas totais — ante 42% no segundo trimestre e 36% há um ano.

O faturamento foi de 4,9 bilhões de reais, alta de 32% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Se incluído o marketplace (as vendas de lojistas parceiros no site do Magalu), as vendas foram de 6,8 bilhões de reais, crescimento de 47%.

“Top pick” das corretoras

O BTG Pactual assinalou que o resultado do Magalu, além de surpreender as expectativas, reforça a escolha da ação entre as preferidas do banco (“top pick”). Mesmo com o valuation (avaliação sobre o valor da companhia) bastante elevado, dois fatores reforçam a tese do banco.

A primeira, segundo o BTG, é a expectativa de que o comércio eletrônico vai triplicar até 2025 e aumentar a penetração no volume das vendas do varejo. A outra é a tendência de consolidação em mercados mais maduros. “Graças a uma jornada bem sucedida nos últimos anos, o Magalu é visto pelo mercado como um dos poucos potenciais vencedores”, escreveu a equipe do banco em relatório.

Margens menores. Mas quem se importa?

Em relatório a investidores, o analista da Nord Research, Bruce Barbosa, destacou que as margens da companhia vêm caindo com o crescimento do marketplace e do e-commerce. “Estaria Magalu se tornando uma Amazon, dominando o mercado de e-commerce e esquecendo-se de ganhar dinheiro no processo? E como seria a vida de Magalu com o aumento da competição de Via Varejo (VVAR3) e Amazon?”, questionou.

Bruce diz não ver uma resposta, mas pontua que o mercado continua bastante otimista e aposta que a empresa voltará a elevar margens após dominar o e-commerce, o que, acrescenta, “não aconteceu com Amazon”.

A equipe da Guide Investimentos fala em “crescimento exponencial” do Magalu no terceiro trimestre. Os analistas da corretora esperam uma melhora na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para os próximos trimestres como a melhora da rentabilidade da Netshoes.

“Seguimos confiantes com o case de Magalu, que demonstra em mais um trimestre a sua capacidade de crescimento exponencial e grande diferencial competitivo em relação aos outros pares do setor”, escreveu a corretora.

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