Além de ESG, outra sigla precisa virar mantra nas empresas: ODS

Por Renato Krausz*

Do jeito que as coisas vão, você consegue imaginar um mundo daqui a nove anos sem fome nem pobreza, com água potável e educação de qualidade para todos, onde o amanhecer é lindo e homens e mulheres têm oportunidades iguais, tudo isso sob uma égide de justiça e paz e uma atmosfera capaz de impedir o aquecimento global? Não consegue? Nem eu.

Tirando esse negócio de “onde amanhecer é lindo”, que peguei da música do Roberto, todo o resto está estipulado pelos 17 ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), que definimos em 2015 para atingi-los em 2030 como forma de tirar a Terra da rota do cataclismo.

Desde então, não faltam alertas de que estamos indo mal na empreitada. No Brasil, o Relatório Luz 2021, elaborado por 106 especialistas de 60 organizações, constatou que mais de 80% das 169 metas dos 17 ODS estão estagnadas, em retrocesso ou ameaçadas. E, no resto do mundo, o último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) revelou que o planeta está fervendo.

A própria ONU, que criou a Agenda 2030 com seus 193 Estados-membros, reconheceu que o caminho para chegar lá está cheio de percalços. Diante disso, no ano passado, o Pacto Global lançou o documento “Liderança para a Década da Ação”, com intuito de engajar as empresas com mais afinco nessa luta.

Nas reuniões corporativas de hoje, para cada dez menções ao ESG feitas no Zoom e no Teams, existe só uma para os ODS — isso é um chute meu, mas com um fundamento danado, até porque eu passei a morar no Zoom e no Teams.



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