Amazônia: “Incêndios florestais não podem definir sanções”, diz Bolsonaro

Durante o discurso, o presidente também confirmou que acionará as Forças Armadas para combater as queimadas na Amazônia

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23 ago 2019, 20h51 – Publicado em 23 ago 2019, 20h49

O presidente Jair Bolsonaro usou seu pronunciamento em rede nacional, na noite desta sexta-feira (23), para confirmar o uso das Forças Armadas para combater as queimadas na Amazônia e também para mandar uma mensagem para outros países.

“Incêndios florestais acontecem no mundo inteiro e não podem servir de pretexto para sanções internacionais”, declarou o presidente.

Desde que as queimadas na Amazônia chamaram a atenção do mundo todo, outros países têm colocado em questão os acordos feitos com o Brasil. Nesta semana, a Finlândia cogitou proibir a importação da carne brasileira, enquanto a Irlanda disse que pode impedir que o acordo entre União Europeia e Mercosul seja aprovado.

Outro país que tem sido crítico do Brasil é a França, sendo que Bolsonaro e o presidente francês Emmanuel Macron trocaram farpas pelas redes sociais.

Sem citar o nome do francês, o presidente brasileiro alfinetou Macron em seu pronunciamento. “Mensagens infundadas dentro e fora do brasil não contribuem para resolver o problema”, declarou. “Uma das críticas que tem sido feitas ao mandatário francês é que ele usou uma foto que não é dos atuais incêndios na Amazônia para criticar as queimadas.

Bolsonaro também fez elogios ao Código Florestal brasileiro e voltou a criticar outros países. “Países desenvolvidos não avançaram no Acordo de Paris”, lembrou.

GLO na Amazônia

O presidente aproveitou o pronunciamento para lembrar que assinou, por um mês, uma Garantia de Lei e da Ordem (GLO), autorizando o uso das Forças Armadas para combater as queimadas na Amazônia. “Não apenas para combater as atividades ilegais mas também as queimadas na região”, declarou o presidente, citando o desmate e “quaisquer atividade ilegal”.

“Temos tolerância zero com a criminalidade e na área ambiental não é diferente”, declarou. “Mesmo que as queimadas este ano não estejam fora da média dos 15 anos, não estamos satisfeitos com o que estamos assistindo”, declarou.

“Devido à minha formação como militar tenho profundo amor pala Amazônia”, disse o presidente. “A proteção da Amazônia é nosso dever”, completou.

Após a polêmica no começo da semana, quando atribuiu o incêndio a ONGs, Bolsonaro não citou as organizações não-governamentais em seu discurso.

Panelaço

Durante a tarde, usuários das redes sociais combinaram de fazer um panelaço durante o pronunciamento de Bolsonaro. De acordo com a GloboNews, as panelas puderam ser ouvidas em diversas cidades do Brasil.

Os panelaços foram prática comum durante os discursos de Dilma Rousseff, principalmente nos momentos que anteceradem o impeachment, mas não foram frequentes ao longo da gestão Michel Temer. Agora, com Bolsonaro, eles voltaram a serem marcados.

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