Após hotel fechar, os herdeiros do Maksoud têm novas brigas na Justiça

O Maksoud Plaza fechou as portas neste mês, após 42 anos, mas a novela por trás do hotel que marcou época em São Paulo está longe do fim. O futuro do cinco-estrelas opõe os herdeiros na Justiça. De um lado, dois filhos do fundador, Henry Maksoud, morto em 2014; do outro, o neto, que hoje ocupa a presidência da administradora do hotel.

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Logo após encerrar as atividades, Henry Maksoud Neto revelou ao Estadão “negociações avançadas” para poder reabrir em outro endereço. Segundo ele, pesquisas mostraram a força da marca no setor e parcerias seriam anunciadas em breve.

Os planos incluem até levar o Frank Bar, balcão de drinques icônicos e batizado por causa de Sinatra, cantor que já se apresentou no Maksoud, na região da Avenida Paulista. Os Rolling Stones e a ex-premiê britânica Margaret Thatcher são outros na longa lista de visitantes ilustres do local.

Reação

A ideia desagrada a Roberto, pai de Henry Neto. Afastado dos negócios da família desde os anos 2000, ele é administrador e consultor nas áreas de hotelaria, aviação e turismo. Há anos, disputas pela herança têm dividido a família.

“É inviável a utilização dos valores para investimentos em um novo Maksoud Plaza, pois restam os credores da recuperação judicial, saldo das dívidas com a União e com a Prefeitura, em acordo separado. É puro jogo de cena”, afirma.

Roberto e o irmão, Claudio, mobilizaram os advogados. Na sexta-feira, a Justiça suspendeu, até 30 de janeiro, a entrega do hotel aos irmãos Fernando e Jussara Simões, que arremataram o imóvel em leilão de 2011. O tribunal mandou lacrar o espaço e recolher os bens móveis. Segundo o desembargador Araldo Telles, autor da decisão de sexta, o acordo no leilão previa que administradora judicial ficaria com o imóvel até 28 de abril, em comodato.

“Diante de tal cenário, mostra-se razoável atender apenas em parte o pedido de tutela antecipada recursal, com a suspensão da ordem de entrega do imóvel aos arrematantes até o dia 30 de janeiro de 2022, tempo suficiente para o magistrado de primeira instância ponderar as justificativas das devedoras e decidir sobre o assunto”, escreveu o desembargador no despacho.

A lacração do imóvel foi recebida com pesar pelo Grupo Maksoud. “É lamentável que uma medida que poderia, entendendo seu intuito prudencial, se ater ao pedido dos impetrantes, e apenas obstar temporariamente, até que os esclarecimentos fossem prestados, a imissão na posse do imóvel pelos arrematantes, tenha provocado também a lacração do prédio”, disse o Grupo Maksoud em nota.



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