Após queda de 40% na receita em 2020, Giraffas cria franquias mais baratas

O ano de 2020 foi muito difícil para o setor de restaurantes. Entre as grandes redes, uma das que sentiram os efeitos da pandemia foi o Giraffas. A empresa foi afetada não só pelo fechamento temporário das unidades, por causa de lockdowns decretados em diferentes partes do Brasil, mas também pela explosão do home office, que tirou de circulação o cliente que precisava almoçar fora em dias de semana. Resultado: segundo o fundador e presidente do Giraffas, Carlos Guerra, o faturamento da rede deve cair 40% quando os números anuais estiverem fechados.

Em 2020, a empresa deve faturar R$ 440 milhões, ou R$ 300 milhões a menos do que em 2019. Guerra afirma que, diante desse cenário, a companhia está buscando formas de cortar custos. E isso significa simplesmente andar no caminho contrário do que era considerado receita de sucesso até aqui. Primeiro, as lojas de shopping, antes prioritárias, agora devem ficar em segundo plano. E a empresa, que sempre se vendeu como uma alternativa diferente às demais redes, justamente por vender refeições, agora deve apostar com força nos lanches.

“Evidentemente, a gente deu um cavalo de pau”, define o empresário. A ordem, agora, é reduzir o investimento necessário para abrir uma loja para continuar a colocar franqueados para dentro de casa. No caso das unidades especializadas em hambúrguer, que o Giraffas agora oferece com mais força, o custo de uma inauguração é de cerca de R$ 300 mil. Já as lojas em contêiner devem ficar até 15% mais baratas do que as de shoppings, que exigem capital de R$ 600 mil a R$ 700 mil.

Ao reduzir o investimento para inaugurações e enxugar o cardápio o Giraffas busca ampliar sua rentabilidade – que, no fim das contas, é o mais importante para o franqueado. No shopping, segundo especialistas, o faturamento é mais alto, mas a margem costuma ser mais apertada do que na rua, onde há também a vantagem de garantir serviços de delivery mais ágeis.

Já a priorização dos sanduíches reflete também o efeito da alta dos alimentos nos últimos meses, especialmente do arroz e do feijão. “A gente quer ter um cardápio com um preço competitivo, mas a situação do preço dos alimentos é terrível”, define Guerra.

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