Assaí (ASAI3): papel segue o preferido entre analistas e expectativa é de alta de 32% na receita

O Assaí (ASAI3) divulga os resultados do segundo trimestre nesta quarta-feira (26), após o fechamento do mercado. A empresa segue como o principal destaque do setor na visão de analistas, com expectativa de forte alta nas vendas durante o período. As razões para ser listada como ‘top pick’ são variadas, mas refletem principalmente o fato de que o setor passa por um bom momento tanto na perspectiva B2B quanto B2C: a busca de consumidores por produtos mais baratos e a retomada de serviços – que leva à procura de empresas pelos atacarejos para abastecimento de produtos.

O BTG Pactual, Itaú BBA e UBS estimam o mesmo crescimento de 32% na receita para o trimestre, o que dá aproximadamente R$ 13,2 bilhões. Em relação ao Ebitda, as estimativas variam: o primeiro espera alta de 18% na comparação anual, para R$ 938 milhões, enquanto o segundo estima alta de 17%, para R$ 928 milhões e, o terceiro, aumento de 24% ante o mesmo período de 2021, para R$ 983,3 milhões.

“A companhia permanece como ‘top pick’ entre varejistas do setor alimentar em um valuation atrativo, com perspectiva de crescimento superior à média do setor. Nós aumentamos as expectativas de lucro por ação em 2022, 2023 e 2024 em 29%, 3% e 7%, respectivamente”, afirmam os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara, Sreedhar Mahamkali, Igor Spricigo e Gabriela Katayama, do UBS, em relatório. 

A perspectiva de crescimento acentuado ao longo dos próximos anos também é compartilhada pelo J.P. Morgan. O banco sinaliza, ainda, a possibilidade de captura de sinergias da compra das lojas do Extra a partir do terceiro trimestre deste ano, com perspectivas de que a companhia ganhe escala similar à do Atacadão em ritmo de expansão no Brasil – especialmente em cidades com poder aquisitivo maior, como São Paulo. O resultado deve ser de margens melhores e um mix mais ajustado de modo a melhorar a produtividade das lojas. 

Desafios

Olhando para o curto prazo, o banco destaca as altas taxas de juros e alavancagem, que podem pressionar o lucro por ação, “levando a índices menores do que os registrados no mesmo período do ano passado, apesar de uma perspectiva fiscal favorável devido aos incentivos para o setor – um fator-chave por trás de nossa revisão de resultados”, escrevem Joseph Giordano, Nicolas Larrain e Guilherme Adami Vilela, em relatório.

A queda de margem, refletindo o aumento de custos com inflação, também é um consenso: o BTG espera 7,1% de margem Ebitda, enquanto o Itaú BBA e o banco internacional projetam 7%. No segundo trimestre do ano passado, o indicador ficou em 7,5%.

No primeiro trimestre deste ano, a receita do Assaí chegou a patamares recordes, com avanço de 21,1% na comparação ano a ano, para R$ 11,4 bilhões. O avanço, porém, não foi suficiente para que a última linha do balanço acompanhasse o mesmo ritmo: o lucro líquido foi de R$ 214 milhões, queda de 10,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O principal motivo foi o resultado financeiro, negativo em R$ 202 milhões, aproximadamente o triplo do registrado no mesmo período de 2021. 

De olho no aumento dos juros, que permaneceu também ao longo do segundo trimestre, o Itaú BBA estima queda de 25% no lucro líquido para o período, queda de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

A alavancagem registrada nos primeiros três meses do ano, de 2,2 vezes, também deve permanecer ao longo do ano e apertar as estimativas de lucro por ação, na visão do J.P. Morgan, mesmo em um contexto de incentivos fiscais para o setor. 

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