B3 investe em diversidade, tem resultados e quer influenciar mercado | Invest

A diversidade e inclusão é, para além da responsabilidade social, imprescindível para alcançar melhores resultados financeiros, uma vez que times mais diversos são mais criativos e inovadores. Ao perceber isto, parte das empresas correm para garantir contratações e políticas de bem-estar para que os funcionários mostrem que são verdadeiramente.

  • Quer saber mais sobre ESG? Acompanhe o perfil da EXAME dedicado a ESG no Instagram. Acesse aqui

Por outro lado, se há uma resistência na adoção das práticas, novidades colaboram para a mudança. Nesta semana, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos aprovou uma proposta da Nasdaq para que as empresas listadas tenham diversidade nos conselhos de administração, com ao menos dois membros de grupos minorizados, ou expliquem por que não o fazem. No Brasil ainda não há medida semelhante, mas nos últimos quatro anos a B3 trabalha para melhorar a diversidade interna e motivar mudanças no mercado. 

Após a BM&FBovespa anunciar a fusão com a Cetip para formar a B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), em 2017, um trabalho de cultura envolveu os funcionários. Ali foi percebida a necessidade de mais autenticidade no ambiente de trabalho. “Naquele momento, quem passou 20 anos engravatado sentiu uma grande mudança ao, por exemplo, mostrar tatuagens”, diz Rebeca Andreosi, superintendente na área de pessoas da B3. No ano seguinte, o tema ficou ainda mais consistente com um censo de diversidade, que ajudou a formar grupos de afinidade de gênero, raça, LGBTI+, gerações e pessoas com deficiência.

Na frente de equidade racial, por exemplo, descobriu-se que 20% da organização era formada por pessoas pretas e pardas. E, para além das contratações, era preciso investir em letramento racial e treinamentos de inclusão. “Precisamos de representatividade, mas também fazer o letramento racial ao explicar desde termos preconceituosos até o processo histórico de exclusão dos negros no Brasil”, diz Andreosi.

Em busca de representatividade, a B3 fez um programa de estágio que eliminou barreiras, como obrigatoriedade do inglês, e inseriu um programa de mentoria e acompanhamento durante a jornada. Deste modo, agora a organização está efetivando mais jovens negros. “Além disso, há ações transversais como currículo oculto e busca ativa de perfis, que geram um índice de diversidade de 70% no shortlist em diferentes vagas”.

Já para a população LGBTI+ foram realizadas ações como revisão do site de denúncias, comunicados sobre letramento e respeito, além de conversas em busca de ações afirmativas. Como resultado, entre os censos de 2018 e os de 2020, o percentual de declarados LGBTI+ subiu de 5% para 9%, próximo dos 10% calculados como média da população LGBTI+ no país.



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu