Banco Pan quer acelerar crédito para o consumo e venda de seguros

Após alcançar 15,2 milhões de clientes no terceiro trimestre, com 52.000 novos usuários por dia útil, o Banco Pan (BPAN4) espera diversificar sua gama de produtos e os próximos passos devem ir na direção do mercado de seguros e em potenciais sinergias com a recém-adquirida Mosaico (MOSI3), maior plataforma de comparação de preços do país.

A primeira iniciativa foi o cartão de crédito da Buscapé, que irá garantir cashback e o menor na hora da compra. Para o primeiro semestre do ano que vem, o objetivo do Pan é integrar o comparador de preços direto no aplicativo do banco, oferecendo crédito para a compra de produtos.

“Esperamos que a Mosaico nos traga não só mais receita de serviços, como de crédito”, disse a jornalistas Cadu Guimarães, CEO do Banco Pan, nesta quarta-feira, 3. “Teremos um topo de funil gigantesco em que vamos poder oferecer [crédito] de maneira contextual. Se o cliente quiser comprar um produto, nós vamos oferecer o crédito. É o buy now, pay later [compre agora, pague depois, em português].

A expectativa, segundo Guimarães, é de que a receita de serviços (hoje em 8,5%) se torne cada vez mais relevante no balanço. “A Mosaico nos traz uma ferramenta importante para entregar esse crescimento. A receita de serviços deve continuar crescendo em relação ao todo.”

A maior parte da receita do banco, hoje, vem das operações de crédito, em que 90% da carteira é concentrada em crédito consignado, FGTS e para compra de veículos.

“Queremos diversificar para depender cada vez menos de um produto ou canal”, comenta Guimarães.

Seguros

Nessa estratégia, a prioridade é a frente de seguros, em que até o fim do ano, o Pan quer oferecer pelo menos seis novos serviços pelo aplicativo. O primeiro lançamento previsto é o do Seguro Pix, que deve ser seguido pelos seguros de vida, residência, celular, carro, saúde e de perda de renda. No terceiro trimestre, a originação com prêmios de seguros bateu 131 milhões de reais, mais de 20% acima do mesmo período do ano passado.

Para seguir crescendo em suas diferentes frentes, o Pan visa aumentar ao máximo sua base de clientes. “Crescer, engajar e monetizar”, pontua o executivo. Na frente de engajamento, já surgem resultados.

Cartão e maquininha

No terceiro trimestre, o volume transacionado foi de 13,8 bilhões de reais, representando um crescimento de 500% na comparação anual. Por outro lado, o volume movimentado nos cartões de crédito cresceu de forma menos acelerada, em cerca de 215%. O ritmo de emissões de cartões de crédito também não acompanhou o de novos clientes.

“O cartão depende da qualidade de crédito do cliente e do cenário macroeconômico”, explica Guimarães. “Sempre buscamos atrair clientes para prestar um bom serviço e monetizar. Teremos cada vez mais serviços, que não irão depender necessariamente do crédito.”

A escassez global produtos, porém, não deve ser um problema para os cartões de crédito do Pan, que tem como estratégia manter maior estoque de plástico. Por outro lado, a falta de peças, como microchips, tem impactado a estratégia de adquirência. “Queríamos estar com mais maquininhas na rua, mas estamos começando mais devagar [nesse mercado] por falta de equipamento. Para o ano que vem, esperamos que isso já tenha sido resolvido.”

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