BMW abre 1ª loja oficial para vender carros usados no Mercado Livre

Em meio à crise e o isolamento social, montadoras começam a alavancar negócios online como alternativa à restrição nas vendas físicas. O braço brasileiro da montadora alemã BMW, focada em carros premium, vai inaugurar uma seção focada só em veículos criada no marketplace do Mercado Livre, a ser lançada no mês que vem.

A BMW venderá veículos seminovos e usados, que fazem parte das linhas BMW Premium Selection e Mini Next. As duas linhas comportam especificamente as vendas de veículos de segunda mão oficiais na montadora alemã. As unidades são vendidas com nova garantia da fabricante, um limite de quilometragem e tempo de vida e algumas opções repaginadas.

Também serão oferecidas na nova operação no Mercado Livre unidades de motocicletas, por meio da linha BMW Motorrad.

A loja digital no Mercado Livre, segundo as empresas, terá conexão com o estoque de concessionárias da BMW em todo o Brasil, de modo a facilitar a retirada dos veículos pelos compradores. Os clientes terão a opção de negociar o preço diretamente com a BMW.

“Sabemos que o cliente busca por novas opções digitais e agora ele poderá visualizar todo o nosso estoque e comprar a melhor opção em mobilidade premium sem sair de casa”, disse em comunicado Michel Araújo, diretor de seminovos e projetos especiais da BMW no Brasil.

Concessionárias e vendedores pessoas física já anunciam carros novos e, sobretudo, usados no Mercado Livre. Mas ainda não havia uma seção específica para anúncios diretos das montadoras. Outras categorias como pelas automotivas também estão entre as mais vendidas da plataforma. Segundo o Mercado Livre, o segmento de mobilidade da plataforma recebe 54 milhões de visitantes únicos mensalmente. Além da BMW, outras montadoras devem anunciar parcerias para abrir uma loja oficial na futura seção de veículos do Mercado Livre.

“A parceria do Mercado Livre com o BMW Group Brasil é um marco para o setor de veículos de luxo no País, pois une a tradição de um grupo aspiracional a uma tendência de consumo”, disse na nota de anúncio da parceria o diretor de Classificados do Mercado Livre no Brasil, Luis Paulo dos Santos.

Montadoras em todo o mundo vêm alavacando sua operação online em meio à pandemia do novo coronavírus. A sueca Volvo lançou no Brasil um site para que clientes façam “tour virtual” pelos veículos.

Nas principais montadoras em operação no Brasil, como a alemã Volkswagen e a francesa Renault, o catálogo de veículos também fica disponível para compra no site das montadoras. A Ford criou especialmente para o momento de pandemia o “Compre sem sair de casa”, canal virtual para negociar os carros — os clientes podem montar o veículo no próprio site e receber contato dos vendedores por telefone. Na Caoa Chery, vendedores podem agendar visita de um vendedor autorizado em casa.

Muitas montadoras também estão disponibilizando descontos e melhores opções de financiamento, de modo a frear a queda brusca nas vendas.

Tempos difíceis

As vendas de veículos em março tiveram o pior desempenho no Brasil em 14 anos, segundo a Fenabrave, associação que reúne as concessionárias. Foram 155.810 unidades emplacadas em março, queda de 21% sobre o mesmo período de 2019.

No acumulado de 2019, a BMW foi a 14ª montadora que mais vendeu no Brasil, com 13.142 unidades emplacadas, pouco mais de 0,5% do mercado. A empresa vendeu mais carros do que rivais na mesma categoria premium, como a Mercedes-Benz (10.089 emplacamentos), Audi (8.707) e Volvo (7.915).

O movimento de queda nas vendas deve ser global e tende a se manter mesmo após a reabertura gradual de algumas fábricas e concessionárias. Uma projeção divulgada nesta segunda-feira, 27, pela empresa de inteligência de mercado IHS Markit calcula que as vendas de carro no mundo cairão 22% em 2020, para 70,3 milhões de unidades.

A projeção piorou em relação à expectativa da IHS de março, que previa queda de 12%. Nos Estados Unidos, um dos principais mercados globais das montadoras, a venda de carros deve ser a menor desde 2010, quando o país ainda se recuperava dos efeitos da crise econômica de 2008. 


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