Bolsa de NY reabre pregão com máscaras e otimismo com fim do isolamento

Depois de dois meses fechado por causa da pandemia da infecção respiratória covid-19, o famoso pregão da bolsa de valores de Nova York reabre nesta terça-feira, 26, no estilo dos novos tempos. Os operadores não poderão usar transporte público para chegar ao trabalho, deverão estar com máscaras, terão sua temperatura medida à entrada do prédio e serão separados por barreiras de acrílico no salão.

Tudo para evitar uma segunda onda de contágio pelo novo coronavírus na cidade americana que mais sofreu com o surto, registrando cerca de 200 mil casos e 20 mil mortes.

Apenas um quarto dos operadores deve voltar ao pregão presencial hoje, um dia depois do feriado do Memorial Day, que lembra os militares americanos mortos em guerras. O restante continuará operando à distância, como nas últimas semanas. Quem retornar para o burburinho também deverá assinar um documento em que se exime de processar a bolsa de Nova York caso peguem a covid-19 no trabalho. As visitas turísticas e os eventos que costumam ser realizados no pregão, como as festivas tocas do sino de abertura, seguem suspensos, e a imprensa continua proibida de fazer a cobertura in loco.

A bolsa de Nova York é das poucas, no mundo, que mantêm um pregão ao vivo. A grande maioria, a exemplo da brasileira B3, em São Paulo, realiza as transações eletronicamente. Mas a reabertura do pregão americano é emblemática para todos os setores da maior economia do mundo.

Retomar as sessões presenciais ajudará a reavivar o pequeno comércio de Wall Street, a rua em que a bolsa se localiza e virou sinônimo de mercado financeiro para os investidores do mundo inteiro. Em toda parte, são as empresas de menor porte as que mais têm sofrido as consequências do novo coronavírus. O distanciamento e o monitoramento impostos aos trabalhadores no pregão devem ser a regra em qualquer ambiente de trabalho daqui para a frente.

Mesmo que sem o brilho e o barulho de outrora, o pregão viva-voz em funcionamento vai mostrar que os Estados Unidos estão de volta aos negócios – e com vontade de resgatar a animação que havia levado o índice acionário Dow Jones, o mais importante da bolsa de Nova York, ao pico histórico, em dezembro de 2019, pouco antes de a pandemia ser identificada na China.

Desde 23 de março, quando o pregão foi fechado ao público, o Dow Jones já subiu 31,6%, recuperando parte dos 35,6% perdidos com o novo coronavírus neste ano. O dia deve ser de otimismo. Os índices futuros dos EUA estavam em alta de 2% às 7h de Brasília. As bolsas na Ásia também fecharam em alta na casa dos 2%, e, na Europa, subiam mais de 1% no início do pregão. Tudo puxado pela euforia com a reabertura. No Brasil, a reabertura está distante, mas o Ibovespa subiu mais de 4% ontem.

O quão rápido a economia real vai conseguir reerguer após o tombo é que vai determinar o ritmo de revalorização das empresas a partir de agora.


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