Bolsa recua pelo 2° dia com pressão de blue chips e varejistas

Ibovespa recuou 0,65%, em 106.059 pontos em dia de cautela com acordo entre EUA e China no exterior

A bolsa brasileira fechou em queda pelo segundo dia, ficando mais distante de seu último recorde, quando ultrapassou os 109 mil pontos. O desempenho refletiu um intenso noticiário sobre as empresas listadas. Também ficou em linha com a cautela dos investidores no exterior, diante de sinais confusos do presidente americano Donald Trump sobre um possível acordo entre Estados Unidos e China.

O Ibovespa recuou 0,65%, a 106.059 pontos, empurrado pelo mau desempenho de Petrobras e Vale, que sofreram com a queda nos preços das commodities em dia de viés negativo. Na véspera, o índice recuou 1,5%, descolado de Wall Street, em resposta às crescentes tensões na América Latina.

As principais varejistas da bolsa responderam pelas piores perdas do índice, com destaque para a desvalorização das rivais Magazine Luiza e Via Varejo. Enquanto a primeira recuou 2,6%, a segunda sofreu uma queda de 1,3%, segundo dados preliminares.

Mais cedo, as ações da dona de Casas Bahia e Ponto Frio chegaram a recuar mais de 9%, após a empresa comunicar que investiga potenciais fraudes em seus balanços. A denúncia foi anunciada no mesmo dia em que a empresa divulga seu balanço financeiro do terceiro trimestre, com expectativa de prejuízo.

Para o presidente da consultoria Mesa Corporate, Luiz Marcatti, mesmo que a Via Varejo consiga comprovar que a irregularidade não existe, a empresa precisará provar sua capacidade de evitar inconsistências contábeis. O fato de a investigação ter ido a público no mesmo dia da divulgação do balanço é um agravante, em sua avaliação.

Já as ações do Magazine Luiza ficaram entre os principais destaques negativos após a companhia ter levantado 4,7 bilhões em sua oferta subsequente de ações (follow-on). O preço do papel foi fixado em 43 reais, praticamente sem desconto. O objetivo é financiar o crescimento e a migração definitiva de rede de varejo para plataforma, e criar seu “superapp”. 

Sinais do Brasil e do exterior

Enquanto isso, o dia foi negativo no exterior. Com declarações mistas, Trump repetiu que os negociadores dos EUA e chineses estão “próximos” de uma “fase um” de um acordo comercial, mas também afirmou que aumentaria as tarifas dos produtos chineses “substancialmente” se não chegassem a um consenso.

Além disso, Trump também “não comentou o adiamento, por seis meses, da imposição de tarifas sobre carros europeus”, que era muito aguardado por investidores, segundo analistas da Terra Investimentos.

No cenário doméstico, dados do varejo indicaram sinais de recuperação no setor, que registrou o melhor resultado para setembro em dez anos, quadro que poderia beneficiar empresas do segmento de consumo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está em negociação com a China sobre a possibilidade de livre comércio entre os dois países. Os líderes dos cinco países do BRICS realizam encontro em Brasília para discutir o estímulo de investimentos entre os países, dentre outras pautas econômicas.

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