Bolsa renova maior pontuação da história e se aproxima de 110 mil pontos

São Paulo — O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, renovando máxima histórica, com a alta de Petrobras e Vale entre os principais suportes, tendo de pano de fundo um cenário positivo no exterior, com alta de commodities e em mercados acionários.

O noticiário doméstico corroborava compras na bolsa brasileira, com dados de produção referendando o quadro de recuperação da atividade econômica do país.

Às 11:54, o Ibovespa subia 0,7 %, a 109.721,76 pontos. Na máxima até o momento, alcançou 109.850,35 pontos, recorde intradia.

O volume financeiro somava 3,488 bilhões de reais.

A nova máxima do Ibovespa, de acordo com Pablo Spyer, diretor da Mirae Asset, reflete um somatório de vários fatores, entre eles números melhores sobre a economia, em particular o crescimento acima do esperado do PIB divulgado na véspera.

O IBGE divulgou na terça-feira que a economia cresceu 0,6% entre julho e setembro sobre os três meses anteriores, acima do esperado pelo mercado. “Ajuda a consolidar a impressão dos investidores de que o país está crescendo”, afirmou.

“Ao mesmo tempo, não podemos esquecer, que, na semana passada, grandes bancos globais recomendaram em bloco o Brasil, sugerindo que os estrangeiros podem estar voltando”, comentou.

Em meio à sensibilidade no mercado a desdobramentos ligados ao comércio global, ocupava os holofotes notícia da Bloomberg de que Estados Unidos e China se aproximam de acordo sobre tarifas a serem revertidas na fase 1 das negociações.

Wall Street abriu em território positivo, com o S&P 500 em alta de 0,54%, enquanto os pregões europeus também subiam.

A equipe da Elite Investimentos destacou que, depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, sugerir na véspera que não tem pressa de fechar um acordo preliminar com Pequim e azedar o clima entre os investidores, o cenário hoje é outro.

No Brasil, a produção industrial cresceu 0,8% em outubro na comparação com setembro, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), melhor resultado desde 2012 e acima do esperado.

Para a equipe da Terra Investimentos, a melhora apresentada pela produção industrial reforça o otimismo na economia interna.

“O cenário econômico brasileiro começa a traçar certa melhora, com projeções de expectativas para o PIB sendo elevadas pelo mercado, aliada a uma continuidade de inflação e taxa de juros baixas”, destacou em nota a clientes.

“Se o cenário externo não estragar a bolsa brasileira tem tudo para ter um dia de alta hoje”, estimou.

Destaques

– VIA VAREJO ON avançava 3,26%, engatando a décima sessão seguida de alta e atingindo cotação recorde, no melhor desempenho do Ibovespa nesta sessão. De pano de fundo, entre outros fatores, relatos de desempenho forte da varejista na Black Friday e expectativas de melhora no consumo. No setor, B2W ON subia 1,71% e MAGAZINE LUIZA ON valorizava-se 1,86%.

– VALE ON tinha elevação de 0,30%, conforme os futuros do minério de ferro na China subiram nesta quarta-feira, ampliando ganhos pela segunda sessão à medida que dados mostraram queda nos embarques do Brasil na semana passada. A empresa faz encontro com investidores em Londres.

– CSN ON subia 1,80%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no azul e tendo no radar evento da empresa com analistas e investidores em Nova York. Em apresentação para o evento, a companhia estimou alta de vendas de aço e minério de ferro em 2020.

– PETROBRAS PN valorizava-se 0,83%, beneficiada pela alta dos preços do petróleo no exterior e com agentes atentos a evento da petrolífera com investidores em Nova York.

– BR DISTRIBUIDORA caía 1,10%, tendo de pano de fundo reportagem do jornal Valor Econômico citando declaração do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, de que a empresa pretende fazer outra oferta subsequente de ações da BR Distribuidora.

– ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,42%, em meio a expectativas relacionadas ao IPO da XP Inc, na qual detém participação relevante. BRADESCO PN subia 0,80%.

– EQUATORIAL ON subia 1,63%, após obter na Justiça liminar para suspender decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que negou pedido da empresa para uma revisão extraordinária das tarifas (RTE) de sua subsidiária responsável pela distribuição de eletricidade no Piauí.

– MRV ON cedia 2,35%, em sessão de ajustes, após fechar em alta de mais de 7% na véspera.

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