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Bolsa tem volume baixo com mercado esvaziado por chuva em São Paulo

No coração financeiro do país, muitos funcionários não estão conseguindo chegar aos escritórios porque diversas vias ficaram alagadas

Depois da morte do general iraniano e do coronavírus, a nova ameaça à bolsa brasileira neste início de 2020 é… um temporal. Os bancos e as corretoras de valores estão reorganizando as operações internas nesta manhã de segunda-feira chuvosa em São Paulo porque muitos funcionários não estão conseguindo chegar aos escritórios devido aos alagamentos nas ruas. De meia-noite até as 7 horas da manhã de hoje, choveu 60,3 milímetros na capital paulista, ampliando para 179,9 milímetros o total do mês, o equivalente e 83% da média histórica para fevereiro: 216,7 milímetros.

Os dois grandes rios que cortam a capital paulista, o Pinheiros e o Tietê, transbordaram na madrugada. A maior parte das instituições financeiras se localiza na região da avenida Brigadeiro Faria Lima, na zona sul, que tem na marginal Pinheiros uma das principais vias de desclocamentos. Às 10h49, existiam 88 pontos de alagamento na cidade, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da prefeitura. O governo estadual pediu que a população não saia de casa, se possível. O banco Santander Brasil autorizou os funcionários do seu edifício sede, na marginal do rio Pinheiros, a trabalhar de casa (home office), assim como o banco de investimentos BTG Pactual e a corretora Necton.

Às 10h49, pouco menos de uma hora depois da abertura da bolsa B3, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, subia 0,3%, para 114.138 pontos. A maior alta era da ação da fabricante de vestuário Hering, que subia 2,6%, para 25,32 reais. A maior baixa era da resseguradora IRB Brasil, cuja ação caía 4,9%, para 37,61 reais. O dólar comercial recuava 0,1%, vendido a 4,316 reais. O volume de negociações estava em 2,4 bilhões de reais, projetando um total de 14 bilhões de reais ao final do dia – o que ficaria 41% abaixo da média diária deste ano, de 23,7 bilhões de reais.

“A parte operacional está funcionando. Mas dois membros da minha equipe estão em casa”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton. Na Eleven Financial, a equipe também foi autorizada a trabalhar de casa. Estão presentes no escritório apenas os profissionais que moram próximo da região da avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, onde está localizada a casa de análises de investimentos. O problema de locomoção causado pela chuva também afetou a Infinity Asset, que fica próxima ao metrô Vila Olímpia, bem perto da marginal Pinheiros. “Estou com metade do meu staff aqui”, diz Jason Vieira, economista-chefe da Infinity.

Para Marco Tulli Siqueira, diretor da corretora Necton, o fato de os funcionários não conseguirem chegar deve afetar muito pouco o movimento no mercado de capitais hoje. “Existem sistemas alternativos remotos que permitem a continuidade das operações”, diz o executivo. Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae Asset Management, concorda. “Ordens de compra e venda de ativos podem ser passadas até pelo telefone, se for o caso”, diz Spyer.

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