Brasília em Off: Guerra do Orçamento de 2021 esquenta novamente

A guerra em torno do Orçamento de 2021 esquentou mais uma vez. A disputa agora envolve o projeto de lei PLN 4, no qual o governo recompõe quase R$ 20 bilhões em gastos obrigatórios que foram cortados pelo Congresso para turbinar emendas parlamentares.

Ministérios que contavam com as emendas para realizar investimentos tentam agora usar o projeto para recuperar suas verbas. Os argumentos são que a Economia foi excessivamente conservadora ao estimar despesas com Previdência e benefícios assistenciais para 2021, e que não seria necessário restaurar todos os R$ 20 bilhões pedidos pelo ministro Paulo Guedes. Haveria margem para liberar pelo menos R$ 3 bilhões para outras pastas, incluindo o Desenvolvimento Regional, que corre o risco de paralisar cerca de 700 obras e a construção de 250 mil unidades habitacionais por falta de recursos.

Algum espaço na Previdência e nos benefícios assistenciais poderia vir inclusive da redução do número de beneficiários em função das mortes provocadas pela pandemia. Também haveria margem para reduzir gastos com seguro defeso, benefício pago a pescadores artesanais, onde há indícios de desvio de recursos.

Reforma Tributária

A equipe econômica aguarda um entendimento entre Câmara e Senado para retomar a reforma tributária nos moldes defendidos por Guedes. A proposta que está sendo amarrada com o presidente da Câmara, Arthur Lira, teria cinco capítulos, sendo que o governo deve encaminhar logo ao Congresso um que trata de mudanças no Imposto de Renda. Ela inclui um IVA dual, a eliminação do IPI com a criação de um imposto seletivo sobre produtos como tabaco e bebidas alcóolicas, uma reestruturação do Imposto de Renda, com o fim das isenções sobre produtos financeiros e tributação de dividendos, além de uma renegociação de dívidas tributárias. O problema está no quinto capítulo: a criação de um imposto sobre transações. Esse assunto está interditado. Por enquanto.



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