BTG Pactual é a principal escolha do Itaú BBA para o ano no setor financeiro, diz relatório

O Itaú BBA  divulgou relatório nesta quarta-feira (22) em que define o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) como a principal escolha do banco de investimentos dentro do setor financeiro para o ano de 2022. De acordo com a análise, a queda de aproximadamente 15% nas ações do banco nacional durante o mês – reflexo do mau humor dos mercados e de expectativas de que o segundo trimestre não acompanhe os resultados do primeiro – oferece um “excelente ponto de entrada” para investidores. Segundo os analistas, há espaço para um upside de 63,6% no ano de 2022, tendo em vista as expectativas de resultados cada vez melhores na comparação com 2021. 

Para relembrar, no primeiro trimestre do ano o banco entregou recordes de receita e lucro: a receita líquida foi de R$ 4,4 bilhões, aumento de 56% na comparação anual e de quase 26% na comparação do quarto trimestre de 2021. O lucro líquido ajustado foi para R$ 2,1 bilhões, avanço de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo o documento, feito por Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, a expectativa para o segundo trimestre é de que o BTG continue em trajetória de crescimento no segundo trimestre, o que “acalmaria” o mercado em relação ao medo de que o primeiro trimestre tivesse sido apenas um ponto fora da curva. De acordo com o relatório, o Itaú BBA espera do BTG um lucro líquido de aproximadamente R$ 2 bilhões, o que representa um aumento de 18% na comparação anual.

Para chegar a esse patamar, os executivos estimam aumento de receita em todas as verticais de negócio do banco. “Investment Banking deve ressurgir com receita de R$ 400 milhões. Corporate Banking deve apresentar algo em torno de R$ 850 milhões, crescimento de 30% na comparação anual. Asset Management deve crescer 27% para R$ 340 milhões. Por fim, nossa projeção de receita para Sales e Trading, de R$ 1,2 bilhão, pode se provar conservadora. A nossa conclusão é a de que a volatilidade do mercado durante o trimestre pode ter favorecido o banco mais uma vez”, escrevem os analistas.

Um ponto de destaque é a divisão de Wealth Management, que deve apresentar crescimento de 64% ano a ano, totalizando R$ 616 milhões. Ao todo, o banco deve ter R$ 500 bilhões em ativos sob gestão no fim do trimestre, segundo as estimativas do Itaú BBA.

“O desempenho positivo será apoiado por um mix melhor de clientes e crescimento flutuante de receitas como resultado de mais depósitos deixados no banco. Receitas puras relacionadas ao banco de varejo ainda são insignificantes. Mesmo com o Wealth Management representando apenas 15% da receita, acreditamos que desempenha um papel fundamental nos múltiplos de avaliação”, dizem os analistas. 

De olho no ano de 2022 e em 2023, o banco revisou para baixo apenas estimativas de empréstimos corporativos, como reflexo de um ambiente de demanda reduzida de grandes empresas – com o dinheiro mais caro, devem evitar tomar crédito. Segundo o BBA, o Índice de Basileia do banco deve ultrapassar os 15% atuais, mas não deve comprometer crescimento. Não há a expectativa, segundo os analistas, de que o banco volte para o patamar de 16% a 18% como visto na pandemia. Além da redução no crédito, o foco daqui para frente será um ROE saudável, com menos aquisições de participação de ativos. 

Diante de toda essa análise, analistas destacam que a expectativa para os papéis do banco permanece inalterada, com as ações negociadas a 10 vezes P/E. O preço justo para a ação, na visão dos analistas, é de R$ 35, que implica em um P/E de 16 vezes para o ano, ante o patamar atual. Em relação à cotação desta quarta-feira, a cifra representa alta de 53%.

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