Bulimia tech: que fazer quando o excesso de informação se torna doentio?

Pense um instante.

Você está diante de um filme, um vídeo, um musical, uma atividade qualquer que envolva uma narrativa audiovisual. O lógico seria você se dispor a seguir todo o ritmo dele, certo? Desde a construção dos roteiros e, ao final, o contar de histórias (das cavernas até o BBB21), as narrativas evoluíram para ir envolvendo as pessoas e elas se engajarem com o ritmo próprio de cada obra. Seja ela um filme de Fellini ou um vídeo do Porta dos Fundos. Mas isso tem mudado e está virando uma tendência meio esquisita. E atende por um nome com uma expressão em inglês: speed watching.

No speed watching, as pessoas passam simplesmente a ver um filme com a velocidade acelerada… para ganhar tempo. Como assim? Isso mesmo, um filme de duas horas pode virar algo de uma hora… Mas para onde vai toda a construção da história e o tal engajamento? O clímax? A conexão da trilha sonora com a dramaticidade da cena?

Vai para a conta do FOMO. A sigla em inglês para “fear of missing out”, ou medo de ficar de fora, que se transformou no símbolo comportamental de viés doentio que nos afeta pela alta oferta de informações e que gera nossa ansiedade para consumir tudo no mínimo de tempo possível. Sem perder nada. Baldes de ansiedade que a sociedade em rede nos trouxe como ônus. Em tempos de pandemia, vale um olhar mais clínico sobre isso, pois estamos todos consumindo conteúdos nessa velocidade.



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