A Caixa Econômica Federal oferece uma oferta inicial de ações (IPO, sigla em inglês) da área de cartões antes da abertura de capital de sua unidade de seguros, invertendo o planejamento inicial, devido aos desdobramentos da crise do Covid-19, disse nesta quinta-feira ou presidente do banco, Pedro Guimarães.
“Se você não conseguir realizar o IPO da Seguridade até setembro, poderá deixar a operação para 2021”, disse Guimarães a jornalistas durante teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre.
Segundo o executivo, a possibilidade de inversão nos planos pode ajudar os investidores a ter uma melhor visibilidade dos negócios de seguros do banco, concentrados na Caixa Seguridade, já que os acordos importantes da unidade terminam no início de 2021.
A Caixa Seguridade pretende concluir no mês passado sua primeira bolsa de valores, com uma oferta de ações estimada em cerca de 15 bilhões de reais.
No entanto, com uma crise econômica deflagrada pela pandemia de coronavírus, o IPO da empresa e cerca de 30 outras empresas do país que pretendem fazer o mesmo foram suspensos ou cancelados.
Nos meses e semanas antes de oficializar os planos de IPO, a Caixa Seguradora anuncia parcerias com outras seguradoras para diferentes áreas de negócios, para iniciar o próximo ano seguinte, após o término do contrato vigente com as garantias do CNP.
De acordo com Guimarães, ao menos outras duas joint ventures da Caixa Seguridade serão anunciadas nas próximas semanas e, para os investidores, serão mais fáceis de entender ou impactar essas parcerias nos resultados futuros da empresa, quando elas já tiverem entrado em vigor.
“Não estamos com pressa e não vamos vender como ações da Caixa Seguridade por qualquer preço”, acrescentaram Guimarães.