Caminhoneiros na pandemia: volume de carga transportada por rodovias aumentou 62% em 2020

A necessidade do trabalho dos caminhoneiros é inegável em um país como o Brasil. Em média, 65% do transporte de cargas é feito por meio do modal rodoviário, que emprega 1,5 milhão de pessoas e representa de 6 a 7% do PIB Nacional. A dependência, que já era grande, ganhou ainda mais holofotes durante a pandemia. Um novo estudo feito pela FreteBras, plataforma que une caminhoneiros ao frete e cobre cerca de 95% do território nacional, obtido com exclusividade pela EXAME, mostra que a busca por serviços desses motoristas cresceu 62% em 2020, atingindo quase 500 mil cargas por mês – ou 6 milhões durante todo o ano passado.

 Comece a poupar: alcance sua liberdade financeira

Em termos práticos, mais de 200 mil novos caminhoneiros se cadastraram no site ou no app da empresa para buscar por fretes no último ano. Ao mesmo tempo, a companhia viu a base de empresas cadastradas aumentar 30% em relação ao ano de 2019.

As plataformas são consideradas mais seguras em tempo de pandemia – já que motoristas não precisam negociar pessoalmente o frete, diminuindo o risco de contaminação pelo vírus.

Diante de um crescimento tão vertiginoso, a companhia decidiu analisar mais a fundo a situação atual em termos de preço médio do frete e comportamento dos principais setores que mobilizam essa indústria anualmente. Para isso, criou o Índice FreteBras de Preço do Frete (IFPF), cálculo que considera o preço total do frete por quilômetro rodado e por eixo do veículo que realiza o transporte.

Preço

A principal conclusão do índice é a de que o preço médio do frete fechou 2020 em R$ 3,93 km por eixo – o Centro-Oeste se destaca como a região que remunera acima dessa média, com R$ 4,73; e o Sudeste está na ponta oposta, com R$ 3,81.

Apesar da alta vertiginosa em volume de carga, notada pela plataforma da companhia, esse valor está igual ao registrado no terceiro trimestre de 2019 e é o menor valor registrado durante o ano de 2020. O pico esteve no segundo trimestre, com valor médio de R$ 3,99.

Recentemente, o reajuste da tabela de frete voltou a ganhar espaço no setor. Em razão do reajuste de 2,51% da Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizado pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), caminhoneiros voltaram a convocar paralisações por todo o país. Nesta terça (26), a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística, que afirma ter 800 mil motoristas em sua base, formalizou o apoio ao ato, marcado para 1º de fevereiro.

Comportamento por setor

Depois de um segundo trimestre bastante fraco em termos de demanda por causa da pandemia, o volume de cargas transportadas cresceu consideravelmente. Além do maior volume de compras eletrônicas, que exigiu novos esforços logísticos, especialmente com varejistas transformando lojas físicas em grandes centros de distribuição, três setores tradicionalmente fortes para o mercado de fretes fizeram a diferença em 2020: grãos, construção civil e produtos industrializados.

Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu