Casa da Moeda: troca de socos, mas não troca de dono

Diante do prejuízo anual de R$ 200 milhões, a diretoria quer cortar benefícios dos funcionários da fábrica, o que resultou em protestos

A tensão entre os funcionários da Casa da Moeda do Brasil e a diretoria que tomou posse em junho com a missão de privatizar a empresa não para de crescer. Os empregados fizeram protestos nos últimos dias na fábrica de dinheiro, no Rio de Janeiro, pedindo que a administração continue cumprindo as cláusulas do acordo coletivo de trabalho de 2018, que deveria ter sido renovado em janeiro de 2019.

Diante do prejuízo anual de 200 milhões de reais, a diretoria quer cortar benefícios, como o plano de saúde. Durante debates sobre a proposta, empregados chegaram a trocar socos dentro da fábrica. Pela falta de consenso, o acordo foi enviado ao Tribunal Superior do Trabalho, que deve decidir em março como fica.

Segundo EXAME apurou, a diretoria da empresa e o secretário federal de Privatizações e Desinvestimento, Salim Mattar, acham que a crise é positiva para forçar a venda da estatal porque escancara o que julgam ser benesses excessivas concedidas aos trabalhadores nos últimos anos. Mas o restante do governo está preocupado e teme que a queda de braço leve a uma greve, prejudicando a emissão de passaportes, também feita pela Casa da Moeda.

O presidente Jair Bolsonaro, que na campanha de 2018 se disse contra a privatização, está cada dia menos disposto a levar o plano da equipe econômica adiante. A meta do governo é arrecadar neste ano 150 bilhões de reais com vendas de ativos, 50% mais do que em 2019.




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