CEO da Klabin difunde o tema do net zero no meio corporativo

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática de 2021 (COP26) reuniu autoridades e executivos brasileiros em Glasgow, na Escócia, onde aconteceu o evento.

Cristiano Teixeira, CEO da Klabin, foi um dos que participou ativamente das discussões do evento por seu papel como embaixador do Pacto Global da ONU para a iniciativa climática e integrante do COP26 Business Leaders.

Em entrevista à EXAME, Teixeira falou de seu papel na COP deste ano e do caminho que a iniciativa privada vem percorrendo rumo ao net zero.

De forma prática, o que é para você ser um embaixador do Pacto Global da ONU para a iniciativa climática?
É uma grande honra e uma enorme responsabilidade. Atuamos em um segmento que tem como premissa o cuidado com o meio ambiente e temos a obrigação de criar soluções sustentáveis que contribuam para diminuir os impactos causados ao nosso planeta. A Klabin possui uma responsabilidade histórica com o desenvolvimento sustentável, o que inclui avanços significativos nas questões relacionadas às mudanças climáticas.

Além de todo o trabalho feito dentro de casa, temos atuado para alertar e engajar o maior número de pessoas nesta causa, pois o tema é urgente e merece atenção. Vimos recentemente o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) dando um alerta máximo sobre a nossa realidade. É momento de agir e pensar globalmente. Como membro do grupo COP26 Business Leaders e também como embaixador pelo clima, pelo Pacto Global da ONU, tenho a missão de difundir o tema no Brasil e incentivar meus pares à ação, por meio do que defende a ciência do clima.

Assim como a Klabin, outras empresas vêm reduzindo e neutralizando suas emissões. Como você avalia as ações da iniciativa privada no Brasil nessa questão do caminho para o net zero?
Acredito que muitas empresas têm acordado para esse assunto, mas ainda faltam planos efetivos para avançarmos da redução e neutralização das emissões. É um trabalho árduo, complexo e que exige a mobilização de todos os atores e a iniciativa privada é parte fundamental desse processo.

É preciso cobrar que as empresas tenham metas e que essas sejam embasadas pela ciência. Hoje em dia existem algumas iniciativas, como a Science Based Target, que foi quem nos apoiou na elaboração de nossos compromissos, que ajudam nessa construção e na criação de planos efetivos para que o objetivo seja alcançado.

O que o net zero prega é que antes de neutralizarmos as nossas emissões, é preciso reduzi-las ao máximo e isso passa por um robusto plano que envolve a adoção de tecnologias de baixo carbono que visam, principalmente, a ampliação da matriz energética de fonte renovável. Vejo com bons olhos a mobilização do setor, mas ciente que ainda temos um longo caminho a percorrer.

A Klabin é a única empresa brasileira participante do COP26 Business Leaders, um grupo criado para engajar o setor produtivo nas metas de redução de carbono. Qual foi seu papel na COP26 este ano?
Eu e os demais empresários que participaram do grupo, vindos de diversos países, tivemos o papel de discutir as pautas mais urgentes que serão debatidas na próxima COP, além de engajar o setor privado no que chamamos de Race to Zero. Essa é a missão de cada um dos integrantes do Business Leaders: incentivar que outros líderes ao redor do mundo estejam engajados e remando no mesmo sentido.

A Klabin, além de seu trabalho interno, assumiu outro compromisso: o de engajar empresas e governos no programa global “Race to Zero”, que objetiva zerar as emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2050. Como esse engajamento está sendo feito?
Ao longo dos últimos anos, a Klabin vem fortalecendo o seu compromisso e assumindo metas cada vez mais robustas para reduzir a sua emissão de carbono. Com o objetivo de fomentar esta agenda no Brasil e engajar o setor privado e sociedade na promoção de mudanças que visem a redução das emissões de carbono, a Klabin lançou a Campanha “Race to Zero Brasil”, no Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas (16/3). Em junho, a campanha se fortaleceu e passou a se chamar ImPacto NetZero, tendo a Rede Brasil do Pacto Global da ONU como parceira.



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