Com gestão bem avaliada, privatização da Eletrobras atrairia investidores, dizem especialistas

A gigantesca estatal Eletrobras, que gera mais de 37% da energia do país, está mais próxima de ser privatizada depois de estar no centro de uma medida provisória encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira ao Congresso. Na avaliação de analistas, a estatal é considerada um bom ativo no mercado e estaria madura para ser vendida caso a privatização avance.

Essa é a avaliação do mercado que acompanha de perto sua gestão nos últimos anos, desde que a possibilidade de ser privatizada foi ventilada durante o governo do ex-presidente Michel Temer.

A empresa, que atua na área de geração e transmissão de energia, viveu anos de prejuízo e interferência política devido ao seu elevado número de subsidiárias e controladas. 

Além disso, entre os anos de 2012 e 2015, teve seu caixa usado politicamente, principalmente por causa da Medida Provisória 579, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, que cortou o valor da energia em 20%.

Subsidiárias deficitárias (que já foram vendidas) nos estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Acre, Alagoas e Piauí também fazem parte do pacote de medidas que levaram a estatal a viver penúrias no começo desta década. Entre 2012 e 2017, foram 28 bilhões de reais em prejuízos.

O ex-presidente Wilson Ferreira Júnior, que assumiu a empresa em 2016 e ficou até janeiro deste ano, é visto pelo mercado como o executivo que conseguiu “consertar” a casa. 

Ele reduziu praticamente pela metade o número de funcionários com programas de demissão voluntárias e vendeu as distribuidoras nas regiões norte e nordeste, deixando a empresa mais “apetitosa”.

Em fevereiro de 2016, por exemplo, as ações da companhia valiam cerca de 6 reais. Cinco anos depois, principalmente após o assunto da privatização andar nesta semana, as ações chegaram à casa dos R$ 34.

Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma Medida Provisória ao Congresso que autoriza a estatal a entrar no Plano Nacional de Desestatização, a primeira de muitas etapas a serem concluídas até que ela deixe de ser pública e se torne privada.

Apesar de o governo falar em uma agenda de privatizações, vender qualquer estatal demora.

No modelo proposto pelo governo Bolsonaro, haverá uma capitalização da Eletrobras na bolsa de valores. Ou seja, o governo venderá suas ações até deixar de ser acionista majoritário.

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