Com R$ 1,5 bi em carteira, Paineiras Investimentos fecha após 13 anos

A gestora de recursos carioca Paineiras Investimentos vai fechar as portas. Fundada em 2007 por Antônio Bittencourt e Ney Marinho, a única estratégia da casa, a macro, vinha sendo acompanhada pelos sócios à distância desde 2015, quando ambos se mudaram para Portugal. A Exame apurou que o distanciamento físico da equipe brasileira que conduzia a gestão, agravada pela pandemia, foi um dos catalisadores para a decisão, que foi motivada por “razões pessoais”.

Conforme informações obtidas pela reportagem com pessoas próximas do assunto, o home office vinha sendo praticado na gestora desde 2016, estrutura que vinha funcionando bem na comunicação entre os gestores dos fundos no Brasil e os sócios alocados em Portugal. “A questão da quarentena acabou ajudando na decisão de fechar as portas, por motivos pessoais dos dois fundadores. O estresse provocado por tudo isso acabou não compensando na decisão de prosseguir com a gestão de capital de terceiros e ambos decidiram que não queriam mais fazer isso”, afirmou a fonte.

Conforme carta distribuída ontem aos clientes da casa, a que a reportagem teve acesso, a Paineiras fechou um acordo de transferir a gestão dos fundos para a Ventor Investimentos, também sediada no Rio de Janeiro e formada por uma equipe cuja filosofia é bastante parecida com a Paineiras, sobretudo porque ambas equipes atuaram juntas por muitos anos em outras casas, como o banco Icatu. “A equipe da Paineiras está em colaboração com a equipe da Ventor para a transição, para aqueles que desejem permanecer nos fundos, ser a mais tranquila e transparente possível”, diz a carta.

No intervalo até a transferência dos fundos, que deverá ser aprovada em assembleia de cotistas a ser convocada em breve, a gestão do Paineiras Hedge será feita por um comitê de investimentos. O objetivo, também de acordo com a apuração da reportagem, é garantir a manutenção de posições líquidas o suficiente para suportar eventuais pedidos de resgates feitos no intervalo. Cerca de metade dos recursos da gestora, cujo montante atinge R$ 1,5 bilhão, é dinheiro proprietário, ou seja, dos próprios sócios, inclusive os minoritários; a outra parte do dinheiro é formada por cotistas vindos das plataformas de investimentos e corretoras.

Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu