Com urna eletrônica e perspectiva de lucro, ações da Positivo sobem

Empresa brasileira vive sua melhor fase na bolsa desde 2011

São Paulo – A Positivo Tecnologia vive bons dias na bolsa de valores. Após dois anos seguidos de prejuízo, a companhia se recupera e tem perspectiva de lucro para 2019 (até setembro o resultado era positivo em 15 milhões de reais). As ações da companhia hoje estão no maior valor na B3 desde maio de 2011, e são negociadas na casa dos 7 reais no mercado, ante 2,50 reais no início do ano.

Com faturamento de 1,9 bilhão de reais em 2018, a companhia participa agora de uma licitação para fornecer ao governo a urna eletrônica. Junto a Akiyama, Indra, Procomp e Smartmatic, a Positivo Tecnologia é uma das cinco que buscam conquistar o contrato para a venda de 180 mil urnas eletrônicas, que serão usadas nas eleições municipais de 2020. O valor contrato é de 696,4 milhões de reais. A Positivo Tecnologia é líder de vendas por licitação há dez anos, segundo a consultoria IDC.

No último ano, a companhia apostou em um novo setor: a internet das coisas. Por isso, passou a vender lâmpadas, tomadas e câmeras que podem ser controladas via internet, por meio de aplicativos para celular. A consultoria americana Gartner prevê que 14,2 bilhões de dispositivos dessa categoria estarão conectados à internet em 2019. A estratégia usada pela fabricante brasileira é a mesma adotada em computadores e notebooks: vendê-los a preços acessíveis. A lâmpada conectada, por exemplo, custa 99 reais, contra os 380 cobrados pela holandesa Philips pela lâmpada rival Hue.

Para a Positivo, é um campo promissor. Um relatório do banco BTG Pactual sobre a empresa mostrou a investidores que a Positivo Tecnologia tem diversificado os negócios para áreas como inteligência artificial, servidores e aluguel de computadores para empresas. O relatório indica que a empresa, líder em computadores no segmento de entrada, tem boa perspectiva de futuro no cenário de recuperação da economia brasileira após a crise enfrentada a partir de 2014.

Com fábricas em Manaus e Curitiba, a Positivo Tecnologia se recupera de um prejuízo de 47,6 milhões de reais em 2017, quando teve que lidar com um descumprimento de contrato público que a deixou com um produto altamente específico em estoque, que tornou-se obsoleto. O governo traz oportunidades, mas também riscos. No ano passado, foi o cenário macro que jogou contra: em razão da variação do dólar, o prejuízo foi de 500 mil reais.

 

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