Como a Justo Supermercado quer mudar a experiência no delivery

Com a intenção de oferecer uma experiência de supermercados delivery com boa entrega para todos os tipos de produto, especialmente os frescos, o Justo Supermercados chegou ao Brasil em outubro. Os fundadores são o mexicano Ricardo Weder e o brasileiro Ricardo Martinez, que desenvolveram um modelo de negócio baseado na tecnologia e uso de dados para promover o comércio justo — daí o nome — e sob o uso consciente de recursos.

“Trabalhamos com compras direto do campo, por exemplo. Conseguimos colocar o produto fresco no sistema, com um ciclo de compra e despacho muito curto, chegando até a receber os produtos duas vezes ao dia. Para isto, é preciso tecnologia e aproximação com pequenos produtores”, diz André Braga, vice-presidente de expansão da Justo no Brasil.

A operação brasileira segue o modelo da mexicana, inaugurada em julho de 2019, onde o app cresce 20% ao mês. Já aqui, há uma dark store na zona oeste de São Paulo e o crescimento prevê o atendimento de um milhão de pessoas nos próximos 24 meses, além da expansão para outras cidades do país. Isto se dará com um investimento inicial de 40 milhões de dólares e poderá gerar entre 3.000 e 5.000 empregos.

“No Brasil há um grande potencial de crescimento. Esperávamos duplicar as vendas de outubro para novembro, mas triplicamos. Foram 40 mil pedidos nos dois primeiros meses. Ao longo de 2022 esperamos abrir mais sete dark stores, atender mais cidades e inaugurar a operação em outro estado”, afirma.

Para isto, há um processo de evolução que considera a otimização dos sistemas de armazenagem, a capacitação dos funcionários que ao entrar fazem um treinamento teórico e, em seguida, acompanham os mais experientes durante quatro dias, além da reciclagem de todos a cada três semanas.

Contudo, o executivo reconhece ainda uma série de desafios para crescer. “O principal deles é continuar gerando impacto positivo. Quando você é menor, é mais fácil administrar o contato direto com os produtores e funcionários. Ao escalarmos precisamos manter o padrão nos armazens e demais etapas do processo, estamos trabalhando para isto”, diz Braga.

Ainda segundo ele, há também uma vantagem, pensando no crescimento do e-commerce no Brasil. “Estruturar essa operação agora nos coloca na frente de muitos outros players que virão”. Assim, o Justo tem buscado fidelizar os clientes.

O plano de atração tem uma comunicaçao em mídia digital e parceria com influenciadores, mas o principal fator para aquisição e retenção de clientes é o boca a boca. “Estamos dando descontos como incentivo para os usuários, é mais econômico e genuíno”, afirma Braga. Deste modo, a operação já tem clientes com taxa de recompra de três a cinco vezes ao mês.

ESG

Por buscar ter práticas justas para gerar um impacto positivo na sociedade, o Justo olha para iniciativas sustentáveis com clientes, fornecedores e colaboradores. Dentre as ações estão:

Redução de desperdício: a tecnologia de planejamento de demanda permite reduzir os níveis de estoque e o incentivo à venda de produtos a granel permite que o consumidor compre somente a quantidade que realmente necessita. Se há casos nos quais os produtos poderiam ser descartados, estes são doados a bancos de alimentos (sempre que possuem condições de consumo), evitando o desperdício.

Impacto ambiental: as sacolas usadas na entrega são de papel, além do uso de caixas e bolsas térmicas retornáveis. No amazém é priorizada a iluminação natural, além de outras práticas.

Proximidade com o campo e incentivos aos pequenos produtores: por meio da redução de intermediários e práticas de comércio justo, é oferecida uma remuneração mais justa para o produtor.

 

 

 



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