Como o BTG+ quer se diferenciar na batalha dos bancos digitais | Invest

Rodrigo Cury, CEO do BTG+, o banco digital de varejo do BTG Pactual Rodrigo Cury, CEO do BTG+, o banco digital de varejo do BTG Pactual: crescimento acima das expectativas

Rodrigo Cury, CEO do BTG+, o banco digital de varejo do BTG Pactual: crescimento acima das expectativas (BTG/Divulgação)

A batalha pelo cliente na era dos bancos digitais está cada vez mais acirrada. Além de pioneiros que ganham escala de forma acelerada, a disputa reúne as versões digitais dos grandes bancos, de olho em um público crescente que busca facilidades para transferir ou pagar pelo aplicativo, nenhuma tarifa e que não faz questão de gerente nem de agência.

Entrar nessa disputa em andamento poderia significar largar atrás ou ter dificuldades para se diferenciar, certo? Não é o que afirma Rodrigo Cury, CEO do BTG+, o banco digital de varejo do BTG Pactual (BPAC11), em entrevista à EXAME Invest.

Quer mudar de carreira e não sabe por onde começar? Conheça as Jornadas de Finanças e Negócios

O banco acaba de completar dois meses de operação aberta ao público — antes disso, ficou cerca de quatro meses disponível apenas para funcionários e clientes que já tinham conta no BTG Pactual digital, a plataforma para o investidor de varejo (todos do mesmo grupo que controla a EXAME).

Cury diz que não pode abrir números, mas dá uma dimensão da demanda: “estamos captando de oito a dez vezes mais clientes do que esperávamos”, afirma em relação aos primeiros 50 dias de operação aberta. Tal receptividade já faz a base ter um número maior de novos entrantes do que de clientes que chegaram por meio do BTG Pactual digital.

O banco pretende chegar a uma base com algo entre 4 milhões e 5 milhões de clientes em cinco anos.

“As pessoas estão abertas a novas experiências, a pelo menos testar um novo banco. Percebemos em muitos dos novos clientes que havia um certo cansaço das pessoas com os serviços dos bancos em que tinham contas”, afirma o executivo em referência ao fato de que a base tem sido formada por usuários que já estavam no sistema bancário.

Na sua visão, isso acontece em parte porque há pouca disrupção na indústria bancária em comparação com a forma como a experiência do usuário foi transformada em áreas como a de mobilidade urbana, do entretenimento e da música, entre outras.

O executivo fala com conhecimento de causa: egresso do Santander, onde era diretor estatutário de cartões, ele passou também pelo Citibank e pelo Barclays, acumulando ampla experiência no setor bancário.

O BTG+ nasceu atendendo inicialmente clientes que já eram investidores, mas ele diz que isso não limita o público-alvo do banco. O foco, diz, são clientes com “necessidades financeiras sofisticadas”, independentemente da renda. Mas isso não significa que, no futuro, o banco não possa atender clientes de entrada no sistema financeiro.

Nessa disputa, Cury afirma que o objetivo é entender as dores e as necessidades dos clientes, algo que ele reforça que não é o padrão no setor. Ele destaca como alguns dos principais diferenciais o atendimento personalizado, o cashback em investimento — lançado em setembro passado — e o que chama de cartão modular.

Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu