Concessão de consignado pode crescer mesmo em meio à crise, diz Banco Pan

Os maiores bancos do país – com exceção do Santander – aumentaram seu colchão de segurança contra calotes antevendo o avanço da inadimplência nos próximos meses pela extensão da crise do novo coronavírus. Apesar de o prognóstico econômico ser o mesmo, o Banco Pan não reforçou seu provisionamento para devedores duvidosos. Não o fez por dois motivos: já havia feito uma provisão adicional de 338 milhões de reais devido à majoração da alíquota de contribuição social sobre lucro líquido (CSLL) no quarto trimestre do ano passado. Além disso, metade da carteira de crédito do banco é composta por empréstimos consignados – muitos dos quais contam com estabilidade de emprego por serem servidores públicos federais – e 37% são de créditos com garantias de veículos. 

“O momento atual exige conservadorismo, ou seja, é uma combinação de aumento de juros ou das parcelas de entrada e até uma análise mais rigorosa dos clientes para saber se têm condições de tomar a divida”, explica Carlos Eduardo Guimarães, presidente do Banco Pan, à EXAME. O único crescimento que o banco pode experimentar nos próximos trimestres é na carteira de empréstimo consignado, que cresceu 13% de janeiro a março ante o mesmo período do ano passado, para 13,3 bilhões de reais.

Segundo o executivo, isso pode se dar tanto pelas contratações nos correspondentes bancários, quanto nas lojas próprias (físicas e online) ou até diretamente no site – uma novidade promovida pelo banco. “Além disso, vira e mexe aparece uma discussão no governo sobre a possibilidade de aumentar o total do comprometimento [da renda dos servidores públicos] dos atuais 35% para 40%”, acrescenta.

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