Consumidores relatam “susto” com preços nos supermercados

Consumidores relatam “susto” com preços nos supermercados

Para muitos curitibanos está sendo difícil se programar para fazer compras nos supermercados. Nas gôndolas, os produtos mais comuns que integram a cesta básica mudam de preço quase toda semana e, nem sempre, para valores mais baixos.

Leite integral, arroz e óleo de cozinha são os produtos mais reclamados pelos consumidores nas redes sociais. Em algumas publicações, o saco de cinco quilos de arroz branco aparecia com preço superior a R$ 20.

A comerciante Leda Fernandes, de 31 anos, saia do supermercado na manhã desta quinta-feira (10), com apenas duas sacolas de produtos, mas surpresa com o valor gasto, quase R$ 70.

Ela afirma que sempre que vai ao mercado para fazer compras fica assustada com os preços.

O reflexo da alta dos preços também já chega aos restaurantes. A pandemia refletiu no movimento e os pratos também devem ficar mais caros por conta dos preços das matérias-primas utilizadas em cada segmento.

O Henrique Castro é dono de dois estabelecimentos com comida italiana, em Curitiba. Ele diz que o custo deve aumentar em até R$ 1,50 por prato. Pode parecer pouco, mas isso impacta diretamente o setor.

Na semana passada, o Procon Paraná comunicou a Secretaria Nacional do Consumidor sobre o aumento nos preços de produtos da cesta básica, tais como arroz, feijão, leite, óleo de soja e outros em supermercados do Estado.

A diretora do Procon-PR, Cláudia Silvano, afirmou que o cenário de aumento dos preços foi percebido em todo o país.

Cláudia Silvano ressaltou que os consumidores precisam pesquisar os preços, pelo menos, para tentar comprar o produto por um preço mais baixo.

De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) que faz pesquisas mensais sobre o preço da cesta básica em várias capitais do país, o custo da cesta básica, em Curitiba, no mês de agosto, foi de R$ 505,54, o equivalente a 52,30% do salário mínimo.

Em nota, a Associação Paranaense de Supermercados (APRAS), frisou que o aumento dos produtos nos estabelecimentos acontece, principalmente, pelo aumento das exportações e que, para minimizar os efeitos, os supermercadistas estão buscando manter os preços o mais baixo possível e apenas repassam as altas aplicadas pelas indústrias.

A APRAS frisou que está de acordo com o pedido da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para que sejam adotadas medidas a fim de manter regular o abastecimento de produtos básicos à população brasileira, a preços competitivos.

Por fim, ressaltou que medidas como a isenção do imposto de importação dos itens básicos ou ainda adoção de estoques reguladores, devem ser analisadas ao menos enquanto durar o período de pandemia.

Repórter William Bittar

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