Contagem regressiva: agenda econômica enfrenta prazo curto e eleições

Sinal positivo para o Planalto, a aprovação da MP que viabiliza a privatização da Eletrobras mostra que a agenda econômica ainda tem espaço no Congresso, mas não significa que outras pautas liberais avançarão a partir de agora. A 470 dias do primeiro turno das eleições de 2022, o peso do calendário eleitoral se faz sentir. E quanto mais próxima estiver a hora das urnas, mais distante ficará a perspectiva de aprovação de propostas densas, como reformas.

Passado o teste da Eletrobras, resta saber como será o desempenho do governo nos próximos desafios, enquanto o tempo útil do Congresso não se esgota. E, na visão de especialistas ouvidos pela Exame, a aprovação da MP, embora seja uma vitória, não pode ser usada como termômetro para medir a disposição dos parlamentares de aprovar outros projetos.

A medida não necessariamente pavimenta, por exemplo, o caminho para a outra privatização que o governo está de olho, a dos Correios. “Ela pode até passar na Câmara até o segundo semestre deste ano, mas não deve ser aprovada no Senado no ano que vem, com eleições”, aponta o cientista político Leandro Gabiati, sócio da consultoria Dominium.

O governo, entretanto, está otimista e quer votar o projeto dos Correios no plenário da Câmara ainda no mês que vem. “Espero que até o recesso”, disse o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), nesta quarta-feira, 23. Os parlamentares têm duas semanas de folga a partir de 18 de julho. 

Falta o relator, deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA), apresentar o parecer. “Estou me esforçando para concluir nesse sentido [de apresentar antes do recesso]”, confirmou. “O relatório está sendo construído. Estou ouvindo o governo e os setores envolvidos. Quando estiver amadurecido, irei apresentá-lo aos líderes, aos colegas e ao governo”, disse. 

Cutrim foi escolhido relator em 20 de abril, quando o plenário aprovou a urgência da matéria, para que ela possa ser votada direto no plenário. Naquele dia, o deputado deixou claro que não pretendia elaborar um parecer “de forma açodada”. É preciso “escutar o povo”, afirmou.



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