COP26: negociação tem disputa por verbas contra mudanças climáticas

As negociações da Cúpula do Clima (COP 26), em Glasgow, se estendem neste sábado, 13, em meio à pressão por ajustes no documento final da conferência e disputa por verbas contra as mudanças climáticas. Pela manhã, a presidência do evento divulgou um novo rascunho do texto, com poucas mudanças ante a versão do dia anterior, e a expectativa é de que a COP se encerre até o fim do dia.

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A plenária final foi aberta pelo presidente da cúpula, Alok Sharma, no início da tarde. O britânico falou em “hora da verdade para o planeta” e convocou as autoridades de quase 200 países a refletirem sobre o equilíbrio do texto.

Um dos principais impasses desta conferência é o financiamento climático. Em 2009, os países ricos prometeram um fundo anual de US$ 100 bilhões, até o ano passado, para que nações pobres consigam custear ações contra o aquecimento global e se adaptem às mudanças climáticas – a elevação da temperatura será responsável por evento extremos, como inundações, incêndios e ondas de calor.

Mas a promessa dos US$ 100 bilhões – montante já considerado insuficiente pelos especialistas – não foi cumprida. Os cálculos mais recentes apontam que cerca de US$ 80 bilhões foram colocados à disposição dos países pobres. A versão mais recente do rascunho fala em dobrar o financiamento climático, mas não deixa claro se essa duplicação seria em relação aos US$ 100 bilhões ou aos US$ 80 bilhões.

Em sua fala, o negociador-chefe da delegação brasileira, embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, destacou uma postura cooperativa do Brasil e os avanços nas discussões sobre o mercado de carbono – mecanismo que cria um crédito pela não emissão de CO2, previsto no Acordo de Paris, de 2015, mas ainda não regulamentado. O diplomata destacou que o Brasil fez concessões em relação a posicionamentos do País no passado, mas entendeu que era preciso buscar um consenso. Segundo ele, não é o texto “perfeito”, mas é operacional.

O enviado especial para o clima do governo americano, John Kerry destacou ser um “passo importante” e estarem perto do “melhor resultado possível”. A China – maior emissor de gases de efeito estufa – disse na plenária que o texto não é perfeito, mas disse que não há intenção de reabrir o documento. A plenária também expõe diferenças de posicionamentos.



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