Copom deve elevar Selic pela primeira vez em seis anos nesta quarta-feira

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Em um cenário de pressão inflacionária e economia estagnada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar nesta quarta-feira, 17, o primeiro aumento na taxa básica de juros em seis anos. A expectativa do mercado é que a Selic saia dos atuais 2% ao ano para algo entre 2,25% a 2,75%, o início de uma trajetória de alta que deve se estender até o fim do ano.

A maioria das apostas do mercado está em um aumento de 0,5 ponto percentual, para 2,5% ao ano, de acordo com o último boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 15, pelo BC. Mas cresce a pressão por uma “alta mais curta e mais forte”, diz o economista Pablo Spyer, diretor de operações da EQI. “Há um entendimento cada vez maior entre investidores profissionais de que o Copom deveria subir mais os juros e de maneira mais rápida”, afirma.

O aumento na taxa de juros é um movimento esperado, diante dos dados de inflação no país. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou em 0,86% em fevereiro, puxado pelo aumento nos preços dos combustíveis. É a maior alta para o mês desde 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento acumulado em 12 meses chega a 5,20%.

Com os sinais observados nos últimos levantamentos, o mercado financeiro subiu a estimativa de inflação para 2021 pela décima semana seguida no último boletim Focus. A projeção para o IPCA passou de alta de 3,98% para 4,60% — acima, portanto, da meta central do BC, de 3,75%.

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