Copom, Pelosi deixa Taiwan e o que mais move o mercado

Os mercados internacionais respiram aliviados nesta quarta-feira, 3, após a breve visita — contra a vontade da China — da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan. Considerada “contraditória” e “sem ganhos estratégicos” pela própria mídia americana, a viagem contribuiu para estremecer a já conturbada relação sino-americana.

A China reagiu por meio de declarações fortes da mídia estatal e de seu ministro das Relações Exteriores, Wang Yi. Mas as primeiras reações práticas foram sobre Taiwan, que sofreu sanções, como bloqueio de exportações de areia natural, frutas e produtos de pesca, segundo a Reuters. A China também bloqueou a importação de 35 produtos da ilha. 

A escalada de tensões na Ásia ainda foi acompanhada de exercícios de militares próximos de Taiwan. Os supostos treinamentos deverão ocorrer em parte de território marítimo de Taiwan, segundo comunicado da agência Xinhua obtido pelo New York Times. 

Apesar das complicações geopolíticas, o mercado brasileiro tem dado continuidade ao movimento de recuperação, com balanços do do segundo trimestre no radar. O Ibovespa fechou o último pregão no maior patamar desde o início de junho.

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,38%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,37%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,32%
  • FTSE 100 (Londres): – 0,04%
  • DAX (Frankfurt): + 0,20%
  • CAC 40 (Paris): + 0,18%
  • Hang Seng (Hong Kong): + 0,40%
  • Shangai Composite (Xangai): – 0,71%
  • Nikkei 225 (Tóquio): + 0,53%

Balanços do dia

Nesta noite, PetroRio, Quero-Quero, Tegma, Totvs e Ultrapar irão divulgar resultados. Mas as todas as atenções devem estar voltadas para a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), previsto para às 18h30.

Copom 

A ampla expectativa é de que o Copom eleve a taxa de juros Selic em 0,50 ponto percentual, de 13,25% para 13,75%. A dúvida é se este será  o último ajuste do ciclo de alta ou não. Expectativas de que o Copom deixe em aberto a possibilidade de mais um ajuste em setembro tem ganhado força desde a última reunião.

O J.P. Morgan mudou a projeção na última semana, passando a estimar mais uma elevação de 0,25 p.p., que levaria a Selic a 14%. “Nossa previsão de que o aumento esperado de 0,50 p.p. nesta semana marcaria o último ajuste neste ciclo sempre dependeu de sinais claros de que a atividade já estaria enfraquecendo. Mas temos que reconhecer que até agora esses sinais não estão presentes”, disse o banco em relatório. 

Outro banco que passou a esperar mais uma alta em setembro foi o BTG Pactual, que vê “maior pressão inflacionária global, enfraquecimento do arcabouço fiscal doméstico e piora nas expectativas do IPCA para 2023” desde a última reunião. 

Investidores que as dúvidas sobre o fim do ciclo e do ajuste sejam esclarecidas, ainda que nas entrelinhas, pelo comunicado desta noite.

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