Coronavírus: 73% da queda do PIB de SP independe de quarentena, diz Henrique Meirelles

Cerca de 73% da perda que o Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo vai sofrer em função da crise do novo coronavírus independe das medidas de quarentena, aponta um estudo da Secretaria da Fazenda e Planejamento, sob gestão de Henrique Meirelles.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 11, no Palácio dos Bandeirantes, o secretário explicou que essa análise considera a “grande queda de atividade” em diversos setores que não estão sendo afetados pelas medidas de isolamento social.

“Se olharmos a queda do PIB como um todo podemos identificar que 27% da perda têm relação com a quarentena, mas as avaliações mostram que até os setores que estão funcionando vêm, sim, sofrendo grande queda da atividade. Isso é uma prova concreta de que a pandemia é o que mais impacta a economia”, disse.

Em São Paulo, desde o início da quarentena, em março, 80 atividades seguem autorizadas a funcionar, o que representa 74% das atividades econômicas do estado, segundo informou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, com base nos registros das Inscrições Estaduais Ativas.

De acordo com Ellen, os principais serviços em funcionamento são construção civil, hotéis, petróleo e gás, produção agropecuária, saúde, segurança privada, serviços domésticos, energia, transporte e logística. “Toda a cadeia de produção agrícola, até a ponta de distribuição, continua em perfeito funcionamento com protocolos de distanciamento e higiene bastante rígidos”, afirmou.

Ainda não há uma estimativa precisa sobre quanto será a queda da atividade econômica em São Paulo, mas a redução na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que em abril deste ano foi de 19% em relação a abril do ano passado, pode sinalizar uma forte retração econômica.

“Tivemos uma queda de cerca de 19% na arrecadação do ICMS, o que significa que há uma queda da atividade econômica que pode ser próxima desta [redução]. Uma pequena parte disso é o aumento da inadimplência, portanto esse é um dado da maior importância”, disse Meirelles.

Ele acrescentou que a arrecadação funciona como uma previsão “muito precisa” da queda de atividade econômico, já que o ICMS é um resultado direto das vendas das empresas.

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