Covid: 80% dos adolescentes têm pelo menos uma dose. É a vez das crianças?

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Pelo menos 80% dos adolescentes brasileiros (com idade entre 12 e 17 anos) estão vacinados com a primeira dose da vacina da covid-19 e 25% do total já estão com o regime completo, de acordo com números do Ministério da Saúde, atualizado até o último dia 8. Para especialistas, a cobertura é muito boa, comparável à de poucos países, como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.

Em comparação com outras faixas etárias, o porcentual de adolescentes atingidos por formas graves de covid-19 é muito baixo. As internações pela doença entre os menores de 20 anos representam 1,4% do total; e o número de mortes, 0,4%. Esses números, contudo, podem esconder uma realidade mais complexa e que requer atenção.

Para aumentar a cobertura vacinal, há uma grande expectativa de que o Brasil siga países europeus e os Estados Unidos e inicie a aplicação em crianças. A liberação ainda depende da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que será anunciado nesta quinta-feira, 16.

O pediatra Renato Kfouri, da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Imunizações, ressalta que no último ano a covid-19 matou mais crianças e adolescentes do que todas as doenças cobertas pelas dezessete vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI), como gripe, pneumonia, sarampo, rubéola, meningite, diarreia, entre tanta outras.

“Proporcionalmente, parece pouco, mas foram 2.400 mortes em números absolutos”, afirma Kfouri. “Isso é mais do que a soma das mortes de todas as doenças do calendário vacinal.”

Além disso, explica, conforme a vacinação vai aumentando entre os mais velhos, o número de jovens infectados passa a ser proporcionalmente maior, uma vez que os não vacinados são mais vulneráveis ao vírus. Outra questão importante é que mesmo quando não desenvolvem formas graves da doença, os jovens podem ajudar involuntariamente na disseminação do vírus.



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