Covid volta a abalar setor de entretenimento em Nova York

Museus, concertos e teatros da Broadway de Nova York tentam manter as portas abertas em meio à onda de casos de Covid-19, mas o surto atinge o setor de turismo, que apenas começava a se recuperar.

Na semana passada, a cidade decidiu limitar o número de participantes na virada do Ano Novo na Times Square para 15 mil, muito abaixo dos cerca de um milhão de pessoas que se aglomeraram nos anos anteriores.

A MSG Entertainment, que prometeu manter a programação no Madison Square Garden, teve que suspender alguns shows do Cirque du Soleil devido a casos de Covid entre pessoas vacinadas na produção. O Museu Metropolitano de Arte reinstituiu as restrições para metade da capacidade, limitando as visitas diárias a 10 mil em relação às 20 mil em dias de grande movimento.

“Não há dúvida de que a indústria das artes cênicas foi atingida por esse aumento” de casos de Covid, disse Bennett Rink, diretor executivo da Alvin Ailey Dance Foundation, cuja companhia de dança cancelou os últimos cinco shows da temporada devido a infecções na companhia. “A atual rodada de cancelamentos tem sido difícil, pois todos trabalharam muito para retornar aos palcos.”

Cortinas fechadas

Testes de Covid-19 na Times Square.

Testes de Covid-19 na Times Square. (Bloomberg/Bloomberg)

A Broadway, que havia comemorado sua reabertura em setembro depois de 18 meses de paralisação, está entre as mais atingidas. Na semana encerrada em 19 de dezembro, quando os cancelamentos generalizados começaram, a ocupação caiu 23% em relação à semana anterior e o faturamento das apresentações diminuiu 26% durante o período tipicamente mais rentável, de acordo com os dados mais recentes da Broadway League.

Mais de uma dúzia de produções, incluindo “Hamilton” e “Moulin Rouge”, cancelaram shows. “Waitress” encerrou a temporada duas semanas antes, e “Jagged Little Pill” não voltará a ser exibida.

“É assustador”, disse Keenan Scott II, que escreveu “Thoughts of a Colered Man”, que estreou em outubro após adiar a estreia na Broadway em 2020.

Scott até substituiu um membro do elenco que testou positivo para Covid na semana passada para que a performance pudesse continuar, mas a peça acabou sendo suspensa devido ao aumento de casos.

“Não sou indiferente ao fato de as pessoas ainda irem aos shows durante a pandemia”, disse Scott. “Estamos tentando evitar uma paralisação completa do setor.”



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