CVM acusa fundador da Marfrig de ‘insider’ em 2018; empresário nega

Fundador e presidente do conselho de administração do frigorífico Marfrig, Marcos Molina é acusado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de ter se beneficiado de informações privilegiadas para tirar vantagem em negociações na B3, em 2018. O órgão regulador do mercado financeiro concluiu que o empresário vendeu ações ordinárias da Marfrig antes de anunciar a aquisição do controle da National Beef.

Molina nega a acusação, mas apresentou, na última sexta-feira, 21, uma proposta à CVM para assinar um termo de compromisso e encerrar o processo aberto em março do ano passado. A proposta, agora, é analisada pela Procuradoria Federal Especializada, da comissão.

A Marfrig é uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo e líder global na produção de hambúrgueres. Criada em 2000, atua em mais de 100 países e emprega cerca de 30 mil pessoas.

A conclusão da Superintendência de Processos Sancionadores (SPS) do órgão regulador foi de que o executivo operou no mercado financeiro enquanto ainda negociava a compra da National Beef com a Leucadia (atual Jefferies Group), segundo o jornal Valor Econômico. O Broadcast não teve acesso ao processo.

Administradores são proibidos de negociar ações das empresas onde atuam durante processos de negociação relevantes, que podem mexer com os papéis da companhia. Isso porque esse administrador possui informações privilegiadas em relação a quem está comprando ou vendendo as ações. A compra do controle da National Beef pela Marfrig é uma negociação relevante e, por isso, foi alvo de processo da CVM.

A aquisição foi comunicada ao mercado financeiro em 10 de abril de 2018. Logo no dia seguinte, os papéis do frigorífico subiram 18,8% no pregão e se mantiveram valorizados por um período.



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