De olho em startups, donos do Rock in Rio querem ensinar o que sabem

Durante a pandemia, o grupo do qual o Rock In Rio faz parte mudou de nome, cresceu de 13 para 16 empresas e agora está apostando em acelerar startups.

Antes conhecido como Artplan, o Dreamers tem sob o guarda-chuva o festival de música, a agência de comunicação batizada também de Artplan e a produtora Dream Factory. Só para ficar nas mais famosas. Todas as outras empresas também parte do universo do entretenimento ou da comunicação.

A mais nova delas foi batizada de Dreamers Village. O objetivo é levar um pouco do know-how das empresas do grupo para o mercado, principalmente para novos empreendedores e startups.

O grupo define a nova frente de negócios do Dreamers como uma aceleradora.

“Queremos acelerar negócios que precisem das nossas skills. A gente tem um grupo com 900 pessoas, que fazem de tudo um pouco, que vai desde o maior festival de música do mundo até uma agência de comunicação. Vamos aportar negócios que precisem da gente”, resume o presidente do grupo, Rodolfo Medina.

O executivo explica que a pandemia teve um fator determinante para a então Artplan “se tornar” a Dreamers e também para as empresas funcionarem como “ecossistema”. Só assim, a ideia de ensinar a expertise delas combinada começou a ser pensada.

“A pandemia alinhou todo mundo pela dor. Os problemas passaram a ser os mesmos nas nossas empresas. Até antes eles não eram. Quando começamos a atuar para colocar todo mundo em casa, criar a estrutura, criar as condições, começamos a ver a potência desse time conectada. A pandemia talvez tenha sido o gatilho para uma estrutura do Dreamers Village nascer dessa forma. Não tava no nosso pipeline. Ela surge a partir da clareza de que no nosso ecossistema somos complementares para acelerar determinados tipos de projetos”, conta Medina.

Rodolfo é filho de Roberto Medina, o criador do festival Rock In Rio, na década. Para tocar o projeto do Dreamers Village, o Grupo escolheu Eduardo Bicudo.

Bicudo foi CEO do Dentsu Group no Brasil e exerceu também a função de diretor-executivo da Accenture Interactive na América Latina. Por 14 anos, ele foi CEO da Wunderman.

“O grupo tem um DNA muito empreendedor. Além do Rock In Rio e Artplan, foram criadas outras empresas. O grupo é profícuo em criar coisas novas. O grande problema para startups não costuma ser ter as ideias, mas sim em executar. Existe uma simbióse entre uma corporação como a nossa e uma startup porque nós temos grande poder de execução e temos conexões com clientes e mercado”, explica Bicudo.

Em 2019, antes da pandemia, o faturamento do grupo tinha sido 1,5 bilhão de reais. No primeiro ano da pandemia, em 2020, foi 30% menor.

Nas palavras do CEO da nova empresa, a Dreamers vai “emprestar para as startups todo o capital intelígivel de fazer e executar”.

Esse know-how que Medina e Bicudo se referem vão desde grandes eventos produzidos pela Dream Factory, como o Carnaval de Rua do Rio de Janeiro, até a plataforma para pequenos anunciantes Aceleraí, que também do Dreamers.

Para Bicudo, a chegada de futuros empreendedores que vão buscar o poder de execução do Dreamers ajudará o próprio grupo.

“Isso beneficia todo o ecossistema porque uma corporação nao vive sem um núcleo de inovação. Quando a gente olha para a Dreams Village, isso é um serviço para a nossa carteira de clientes também”.



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu