Dólar deve entrar em 2020 com força, sem concorrência à vista

Especuladores continuam aumentando suas apostas na alta da moeda americana

O dólar continuará em alta por pelo menos mais seis meses, sem nenhum candidato à vista para contestar seu domínio, segundo uma pesquisa da Reuters com analistas de câmbio.

A deterioração das condições comerciais globais afetou a maioria das economias, aumentando a demanda por ativos denominados em dólares desde o início do ano passado, mantendo a moeda norte-americana forte.

“Os fatores que têm mantido o dólar forte nos últimos cerca de oito meses provavelmente persistirão por um tempo, e a força do dólar permanecerá extremamente temática por enquanto”, disse Jane Foley, estrategista sênior de moedas do Rabobank.

De acordo com dados mais recentes da Commodity Futures Trading Commission (CFTC), os especuladores de moedas continuaram aumentando suas apostas na alta do dólar, uma tendência improvável de mudar no curto prazo.

Dois terços dos 50 analistas que responderam a uma pergunta adicional na pesquisa mensal da Reuters, realizada entre 30 de setembro e 3 de outubro, disseram que a recuperação do dólar deve continuar por pelo menos seis meses.

Ainda assim, a economia dos Estados Unidos está mostrando alguns sinais de riscos de recessão. Nesta semana, as notícias de gastos do consumidor mais fracos do que o esperado em agosto foram seguidas por dados que mostram que a atividade manufatureira nos EUA atingiu uma mínima de mais de uma década em setembro, provavelmente devido à guerra comercial com a China e a um dólar forte.

Isso provocou nervosismo nos mercados financeiros e pedidos renovados de mais cortes nos juros do Federal Reserve.

Se o Fed atender aos pedidos de uma flexibilização adicional, diminuirá a diferença entre a taxa de juros dos Estados Unidos e de outras grandes economias.

Mas uma minoria significativa dos analistas -18 de 49- que responderam a outra pergunta adicional disse que os diferenciais das taxas seriam a principal razão para o dólar permanecer forte.

Quinze disseram que a razão foi uma escalada na guerra comercial EUA-China, 11 citaram retornos positivos sobre ativos denominados em dólares e os outros cinco deram opiniões variadas.

Os analistas ainda esperam que a maioria das principais moedas registre ganhos em relação ao dólar em um ano, uma previsão que tem repetidamente se provado equivocada. Ainda assim, eles preveem ganhos menores do que o projetado na pesquisa do mês passado.

O euro perdeu cerca de 4% este ano, mas a previsão é de que seja negociado a 1,10 até o final do ano, perto de onde operava na quinta-feira. Espera-se que aumente marginalmente, ganhando 3%, para cerca de 1,13 dólar, em um ano.

Essa projeção de 12 meses para a moeda comum é a mais baixa desde julho de 2017, e foi a sexta vez no ano que as previsões medianas foram reduzidas.

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