Dominguetti foi induzido ao erro e não mentiu à CPI, diz Aziz

A avaliação do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), em relação ao depoimento prestado por Luiz Paulo Dominguetti nesta quinta-feira, 1º, é de que o policial militar, representante da Davati Medical Supply, falou a verdade ao contar o caso e foi induzido ao erro em algumas situações. 

Para Aziz, o depoimento complica a situação de Cristiano Carvalho, o CEO da Davati no Brasil. “Em momento algum ele [Dominguetti] mente. Ele pode, sim, ter sido usado pelo Cristiano”, disse o senador, ao sair de uma reunião depois do depoimento. “Em relação à CPI, o Cristiano tem muita coisa para explicar aqui”, afirmou.

Cristiano fez a ponte entre Dominguetti e a jornalista da Folha de S. Paulo que revelou a tentativa de cobrança de propina na negociação pelas 400 milhões de doses da Astrazeneca, apontou o senador. “Cristiano sabe da história, mas não fala, manda ele falar. Ele faz aquilo porque o chefe dele está mandando ele fazer”, acredita Aziz.

Aziz acredita que Dominguetti deu a entrevista à Folha a pedido do chefe, Cristiano, e levantou a hipótese de que o policial tem dificuldades financeiras e é ajudado pelo CEO da Davati. “Qual é a lógica de uma pessoa, do nada, dar uma entrevista para uma jornalista que não tem relação nenhuma com ela, não conhece? A lógica é: o chefe dele mandou”, disse.

Além disso, ele citou que também foi Cristiano quem enviou o áudio editado do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) a Dominguetti. O representante da Davati apresentou o áudio à CPI alegando que o parlamentar estava intermediando a compra de vacinas, mas logo foi desmentido. 

 

Na opinião de Aziz, o áudio editado foi enviado “com certeza” para induzi-lo ao erro. “Ele não mostraria. Foi orientado a mostrar. Por que ele não falou isso na reportagem?”, questionou. “Luis Miranda tem o áudio verdadeiro. Se não tivesse, estava lascado hoje. Estaria todo mundo duvidando do cara”, disse.

Aziz também questiona como o áudio foi parar na mão de Cristiano. “Ele [Dominguetti] pode não saber como foi passado, mas o Cristiano sabe quem passou e vai nos dizer”, afirmou. Apesar dos indícios, a CPI não tem pressa em marcar o depoimento do CEO da Davati. Os senadores precisam se “aprofundar mais” no assunto, disse Aziz.



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