E agora? Será que meus filhos não são inteligentes?

Por Fernando Shayer*

Uma das coisas que mais me irritavam quando eu estava no colegial era tirar uma nota baixa em Matemática, depois de me matar de estudar durante o bimestre todo, enquanto alguns colegas tiravam notas muito altas com o mínimo de esforço. “Esses caras são muito inteligentes e eu sou muito burro, não é possível!”, eu dizia aos meus pais, desolado. Você já se sentiu assim?

Isso faz mais de 30 anos, mas a conversa dentro das escolas não mudou.  Essencialmente, ainda se associa inteligência à performance acadêmica nas provas bimestrais ou vestibulares, em particular nas disciplinas mais tradicionais, como Matemática ou Física. Um alto QI (quociente de inteligência) é isso: um resultado numa prova padrão de lógica. Mas será que inteligência é só isso?

A Ciência da Aprendizagem evoluiu muito durante esse período e reconhece atualmente muitas outras formas de inteligência, além daquela associada aos testes de QI. Entendida como a capacidade de resolver problemas de diferentes naturezas, em diferentes contextos, as inteligências são múltiplas, conforme postulou o psicólogo norte-americano Howard Gardner, da Universidade de Harvard.

Por exemplo, existe a inteligência musical, típica dos compositores e músicos; a espacial, dos pintores; a motora, dos atletas; a linguística, dos poetas, e as inteligências emocional e social. Basta pensar nos extremos para você reconhecer esse fenômeno: será que são inteligentes Beethoven, Picasso, Pelé, Pablo Neruda ou o Dalai Lama? Quanto será que eles tirariam no Enem?



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