Elcio contradiz Butantan e nega paralisação de negociações pela Coronavac

As declarações do ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, na CPI da Covid, nesta quarta-feira, 9, expõem contradições entre as versões de ex-integrantes do governo e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, sobre a negociação pela vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac.

Número dois da pasta durante a gestão Eduardo Pazuello, Elcio negou que as falas do presidente Jair Bolsonaro contra a Coronavac, no ano passado, tenham atrasado a compra do imunizante. Já Covas, também em depoimento à CPI, em 27 de maio, contou que as negociações foram paralisadas depois das declarações.

Bolsonaro afirmou, em 21 de outubro de 2020, que havia mandado cancelar o acordo feito entre o Ministério da Saúde e o Butantan para a aquisição da Coronavac. O então ministro Eduardo Pazuello havia anunciado no dia anterior, a governadores, a intenção de compra de 46 milhões de doses do imunizante. 

“Já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”, afirmou Bolsonaro. Depois de desautorizado publicamente pelo presidente, Pazuello comentou que “um manda e outro obedece”. Na época, Elcio Elcio reforçou o discurso de que não havia “intenção de compra de vacina chinesa”.

Em depoimento à CPI, Covas contou que as conversas com o governo pararam por mais de dois meses depois da fala de Bolsonaro, e só foram retomadas em janeiro deste ano. Já Pazuello, quando foi ouvido pelo colegiado, garantiu que nunca recebeu ordem do presidente para paralisar as negociações relativas à Coronavac.  

Nesta quarta-feira, à CPI, Elcio também negou que Pazuello tenha pedido para que ele cancelasse as conversas com o Butantan. “Não recebi ordem para interromper, e essas tratativas continuaram”, disse o ex-secretário. Segundo ele, Covas poderia ter entrado em contato, se tivesse alguma dificuldade.



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